O PSD está cada vez mais próximo do senador Wellington Fagundes (PR) e pode fechar aliança nas eleições deste ano, quando ele deve disputar o governo de Mato Grosso. A intenção é emplacar o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) como candidato a senador na chapa de oposição, para concorrer contra a aliança que deve sustentar a provável candidatura à reeleição do governador Pedro Taques (PSDB).
“A tendência, pelo que eu sinto, é seguir o senador Wellington, em que pese os deputados tenham vontade de oportunizar ao governador Pedro Taques mais um mandato. A convenção é que vai definir”, afirmou Zé Domingos, o único da bancada que defende uma aliança com a oposição. Os outros quatro deputados do PSD (Ondanir Bortolini “Nininho”, Gilmar Fabris, Wagner Ramos e Pedro Satélite) trabalham por uma aliança com Taques.
Ele descartou a possibilidade de racha diante das opiniões divergentes. “Não [deve rachar], até porque tivemos um café, todos os deputados e o Fávaro, e ali ficou unânime que ele é nosso candidato a senador. Com relação ao governador, nós vamos aguardar o resultado da convenção, que é soberana. Todos vão respeitar o direcionamento da convenção. E pelo que eu conheço dos convencionais, a tendência é buscar um projeto novo”, afirmou.
Zé Domingos disse que há em muitos membros do partido o desejo de buscar um novo projeto para Mato Grosso, e que Fávaro tem influenciado nessa direção. “E quando se trata de um projeto novo, não é quem busca a reeleição. Ou é Wellington ou é Pivetta, ou é o Mauro ou é Rossato. Menos o governador Pedro Taques, em função de não ser o novo”, afirmou, referindo-se a Otaviano Pivetta (PDT), Mauro Mendes (DEM) e Dilceu Rossato (PSL), que avaliam entrar na disputa pelo governo.
Fávaro renunciou ao cargo de vice-governador em 5 de abril, rompendo com o governo Taques. Desde então, ele descartou subir no palanque do antigo aliado e se aproximou da oposição.
