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Depois de 15 anos, Bezerra pode disputar o Senado em 2018

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Depois de 15 anos, Bezerra pode disputar o Senado em 2018

Ednilson Aguiar/O Livre

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Carlos Bezerra foi senador entre 1995 e 2003

O nome do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) é cotado nos bastidores do PMDB para disputar o Senado nas eleições de 2018. O parlamentar afirma que militantes e aliados no interior de Mato Grosso têm pedido que ele se candidate.

“É um desejo do partido e de aliados de fora do partido, entre eles, prefeitos de diversas cidades”, disse Bezerra em entrevista ao LIVRE. “Até o fim do ano vou decidir se vou ser candidato e para qual vaga. Já tenho nove mandatos e o mandato de senador é de oito anos, então, não sei se vou mesmo disputar”, completou.

Ele já teve um mandato como senador, entre 1995 e 2003. Em 1998, disputou a reeleição a senador, mesmo ainda estando no meio do mandato, e foi derrotado por Antero Paes de Barros.

Segundo o deputado estadual Silvano Amaral, os militantes do PMDB têm pedido que Bezerra retorne ao Senado, depois de 15 anos fora. “A militância tem proposto o Bezerra como candidato a senador. Caminhando pelo interior, vemos o respaldo muito grande que ele tem no partido”, disse.

“É um desejo do partido e de aliados de fora do partido, entre eles, prefeitos de diversas cidades”

Aos 75 anos, Bezerra é presidente do PMDB de Mato Grosso desde 1994, e tem sido reeleito em todas as renovações de diretório desde então. Militante histórico, ele foi um dos fundadoress do antigo MDB e nunca mudou de partido. Em sua trajetória política, construiu uma vasta rede de apoiadores que chega a todos os recantos do Estado.

“Bezerra está doido para sair candidato ao Senado”, disse deputado estadual Romoaldo Junior. “E ele é muito forte. Não tem ninguém mais forte que ele no segmento da agricultura familiar. Além disso, para uma candidatura majoritária, precisa de estrutura de partido, e o PMDB tem”, completou.

O cacique governou Mato Grosso de 1987 a 1990, foi prefeito de Rondonópolis duas vezes, passou pela Assembleia Legislativa e está no quarto mandato como deputado federal. No governo Lula, presidiu o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) entre 2004 e 2005.

Nomes da oposição
Ao contrário da situação, que tem vários nomes de peso para a disputa, a oposição ainda carece de candidaturas fortes para os cargos majoritários. Dessa forma, Bezerra pode preencher um vácuo que ainda existe no arco de alianças.

Outros dois integrantes da oposição já manifestaram desejo de disputar o Senado: o deputado federal Valtenir Pereira (PSB) e o deputado estadual Zeca Viana (PDT).

O pedetista, no entanto, já admite abrir mão da candidatura a qualquer momento para negociar mais apoio à coligação. Ele afirma que seu principal objetivo é formar uma chapa forte que tenha condições de derrotar o governador Pedro Taques (PSDB) em sua eventual candidatura à reeleição.

Jogo das cadeiras

Duas cadeiras para o Senado estarão abertas nas próximas eleições, pertencentes a Blairo Maggi (PP) – que está licenciado para comandar o Ministério da Agricultura e deixou o suplente Cidinho dos Santos (PR) em exercício –, e José Medeiros (PSD), que era suplente de Taques e assumiu a vaga em 2015.

“Bezerra está doido para sair candidato ao Senado.
E ele é muito forte”

Como o presidente do PP, o deputado federal Ezequiel Fonseca, já hipotecou o apoio do partido à oposição, o grupo considera que uma das vagas de candidato ao Senado deve ser reservada para Maggi. No entanto, o próprio ministro ainda não se manifestou publicamente sobre compor com os oposicionistas.

Outros cargos

Caso Bezerra saia candidato a senador, abrirá espaço para que o filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), que tem o mesmo nome do pai, dispute uma vaga de deputado federal. Na última eleição, o grupo que hoje é oposição conquistou três das oito cadeiras na Câmara Federal.

Atualmente, a aliança oposicionista trabalha com os nomes do senador Wellington Fagundes (PR) e do conselheiro Antonio Joaquim, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), como possíveis candidatos a governador. O conselheiro promete se aposentar até o fim deste ano para retomar a carreira política, e sinaliza filiação ao PMDB.

Vaga de vice

Outro peemedebista cotado nos bastidores para compor a chapa majoritária é o ex-prefeito de Sinop Juarez Costa, que poderia ser candidato a vice-governador.

“Juarez é um nome para qualquer cargo. Ele é forte, principalmente no nortão. Mas ele não quer encabeçar a chapa, então ele poderia ser vice ou suplente”, disse Bezerra.

Quem também defende o nome de Juarez para candidato a vice é Silvano Amaral, que foi secretário da gestão dele em Sinop. “Juarez quer ser candidato a deputado federal. Mas eu defendo que ele esteja na majoritária, para contribuir com a gestão. Temos que aproveitar a experiência dele para fortalecer a chapa como vice”, disse. “O primeiro mandato do Blairo Maggi foi um boom para Mato Grosso porque foi um mandato de gestão. É isso que precisamos”, argumentou.

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