As denúncias de assédio eleitoral em locais de trabalho quase dobraram nos últimos quatro dias em Mato Grosso. Balanço atualizado nessa sexta-feira (28) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) soma 42 casos somente no segundo turno da eleição presidencial.
Até a segunda-feira (24), haviam sido registradas 28 denúncias – 2 no primeiro no primeiro turno e o restante nas últimas duas semanas. Os casos ocorreram em 19 municípios. Em Cuiabá, foram 12; em Campo Novo Parecis, 6; Rondonópolis, 5; em Feliz Natal e Poconé houve 2 denúncias em cada.
Ao longo da semana, o MPT informou o protocolamento de processos contra várias empresas e empresários acusados de praticar o assédio eleitoral. Para os já analisados foi aplicada multa e determinada retratação perante os funcionários.
Conforme informações publicadas pelo Ministério Público do Trabalho, o assédio eleitoral tem sido praticado de várias maneiras em vários segmentos econômicos – desde hospital, supermercado até fazendas e mineradora.
Ainda de acordo com o MPT, uma loja de roupas em Campo Novo do Parecis (385 km de Cuiabá) estaria usando pessoas identificadas com origem na Venezuela, país em regime de governo da esquerda, em palestras para mostrar as condições no país.
O discurso usado pelos supostos venezuelanos seria de risco de o Brasil entrar na mesma situação no caso de uma eleição de perfil “socialista” para o governo do país.