Eleições 2022

Supermercado, hospital e estrangeiros: assédios eleitorais são praticados de várias formas

Denúncias que chegaram ao Ministério Público do Trabalho trazem relato de "vestir a camisa" de empresas, troca de funcionários máquinas e demissão em massa

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Supermercado, hospital e estrangeiros: assédios eleitorais são praticados de várias formas
(Foto: Divulgação/Justiça Eleitoral)

Os casos de assédio eleitoral no trabalho têm ocorrido de diversas formas em Mato Grosso, em vários segmentos de empresas. Da coação por fazendeiros e donos de supermercado ao uso de estrangeiros para pressionar funcionários a favor de algum candidato à Presidência da República. 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga uma denúncia de funcionários de um hospital em Guarantã do Norte (745 km de Cuiabá) que teriam sido ameaçados de demissão pela direção porque têm orientação política diferente da dos administradores. 

Os donos de uma fazenda em Rondonópolis (210 km de Cuiabá) ameaçaram via WhatsApp a fazer demissão em massa no caso de seus funcionários não votar no candidato que estava sendo indicado por eles. Conforme o MPT, os empresários pediram aos funcionários para “vestir a camisa” ou seriam substituídos por outros contratados ou máquinas. 

“Espero que os funcionários nossos pensem no patrão, né. Não pense só em trabalhar, tem que vestir a camisa”, diz mensagem divulgada pelo MPT. 

Os funcionários de um supermercado em Nova Olímpia (207 km de Cuiabá) denunciaram ao Ministério Público o assédio eleitoral dos patrões. Houve uma avaliação do caso e uma recomendação foi emitida para interromper o comportamento. 

Contudo, o assédio se manteve e multa de R$ 200 mil foi estabelecida pela Justiça do Trabalho a pedido MPT. A direção do supermercado teria reunido os funcionários no dia 19 para dizer que votar no candidato adversário do escolhido por eles representaria a perda de emprego. 

Uma mineradora em Poconé (100 km de Cuiabá) tirou fato de seus funcionários segurando uma faixa com propaganda do candidato apoiado pelos diretores. As mensagens printadas de redes sociais indicam que a mineradora estava agindo reverter o percentual de votação que candidato adversário recebeu na cidade no primeiro turno. 

Denúncias recebidas pelo MPT dizem que uma loja de roupas em Campo Novo do Parecis (385 km de Cuiabá) estaria usando pessoas identificadas com origem na Venezuela, país em regime de governo da esquerda, em palestras para mostrar as condições no país. 

O discurso usado pelos supostos venezuelanos seria de risco de o Brasil entrar na mesma situação no caso de uma eleição de perfil “socialista” para o governo do país.  

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