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Denúncia de Wilson fez advogado confessar fraude da Caramuru

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Denúncia de Wilson fez advogado confessar fraude da Caramuru

Junior Silgueiro/Gcom

Secretaria de Fazenda

Servidores presos atuavam na Secretaria de Fazenda

 

A prisão dos três agentes  de tributos estaduais na Operação Zaqueus, deflagrada nesta quarta, teve origem numa denúncia feita contra a empresa Caramuru Alimentos S/A durante a eleição de 2016 pelo então candidato à prefeitura de Cuiabá Wilson Santos (PSDB). A acusação fez com que o advogado Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo procurasse a polícia e confessasse sua participação na organização criminosa.

Os servidores André Neves Fantoni, Alfredo Menezes Mattos Junior e Farley Coelho Moutinho foram presos por suspeita de receber R$ 1,8 milhão em troca da redução de um auto de infração aplicado pela Secretaria de Fazenda (Sefaz) no valor de R$ 65,9 milhões. A multa, que havia sido motivada por falta de comprovação em exportações no período de 2003 a 2006, acabou reduzida para cerca de R$ 315 mil. Em valores atualizados, a autuação chegaria a R$ 100 milhões.

Em entrevista à imprensa, a delegada afirmou que o advogado procurou a polícia em dezembro de 2016, após o período de campanha eleitoral, para denunciar o esquema. Themystocles foi responsável pela lavagem da propina. Ele usou seu escritório para firmar um contrato fictício de assessoria legal à Caramuru. Depois, repassou a propina para os agentes. Os servidores são investigados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Mais cedo, a Caramuru afirmou que foi vítima de extorsão por parte dos agentes públicos. A Delegacia Fazendária (Defaz) contestou esta versão e afirmou que a empresa sabia o fim para o qual o dinheiro seria utilizado, mas que, apesar de não ter procurado a polícia para denunciar o esquema, se dispôs a pagar os valores devidos à secretaria.

Campanha 2016
Na campanha eleitoral à prefeitura de Cuiabá no ano passado, a Caramuru foi alvo de uma troca de acusações entre  Wilson Santos e o atual prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (PMDB). O tucano acusou familiares de Pinheiro de terem recebido, com seu conhecimento, uma suposta propina de R$ 4 milhões da Caramuru no segundo semestre de 2014 para a manutenção de incentivos fiscais por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic). A Delegacia Fazendária disse que essa denúncia ainda está sendo apurada.

 

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