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“Eu quero uma vida de lazer”. Essa fase dita por uma das personagens do road movie experimental “Viajo porque preciso, volto porque te amo”, ecoa desde seu lançamento em 2010 e ainda hoje é utilizada como slogan de vida para muitos. A obra de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz é uma das mais aclamadas da filmografia brasileira e será exibida hoje, pela série Encontros com o Cinema, no Cine Teatro. A sessão começa às 19 horas e a classificação indicativa é de 18 anos.
O filme volta a ser exibido em Cuiabá, no mesmo espaço que foi projetado à ocasião de seu lançamento no Brasil, em 2010. À época o filme foi coroado pelo público e júri cuiabanos do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, tornando-se o grande vencedor daquela edição: abocanhou sete prêmios, incluindo os de Melhor Longa-Metragem e Melhor Direção.
“Viajo” é um filme de estrada por revelar uma jornada física e espiritual, porém, é muito inovador. À produção são incorporadas imagens documentais, colhidas no início da década de 1990, com uma história ficcional contada através de narração em off. O rosto do personagem principal nunca é revelado, e a história, se passa sob sua ótica. O protagonista José Renato, interpretado pelo ator Irandhir Santos, é um geólogo de 35 anos que cruza o Sertão para avaliar as condições do terreno e estudar a viablidade da construção de um canal na região. Pelo caminho, vários personagens da vida real vão compondo a narrativa.
“Viajo porque preciso, volto porque te amo”, integra o Ciclo Filmes de Estrada – do Encontros com o Cinema – que contempla 15 obras cinematográficas, exibidas sempre às terças-feiras. Os ingressos custam R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia), cobrados como taxa de manutenção dos equipamentos.
De acordo com os organizadores do projeto, o conjunto dos filmes selecionados para o Ciclo Filmes de Estrada compõem um panorama da multiplicidade dos traços mais expressivos desse gênero (road movies), bastante associado ao espírito libertário tanto dos cineastas, que os dirigem, como dos personagens que os protagonizam. O Cine Teatro é administrado via gestão compartilhada com a Secretaria de Estado de Cultura.
