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Cuiabanas do Osmar Cabral conquistam 1,5 milhão de seguidores no YouTube

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Cuiabanas do Osmar Cabral conquistam 1,5 milhão de seguidores no YouTube

Ednilson Aguiar/Olivre

 Manu e Flávi

Manu e Flávia exibem com orgulho a placa enviada pelo YouTube quando conquistaram o primeiro milhão de seguidores

É na periferia de Cuiabá, no trecho de ruas ainda sem asfalto do bairro Osmar Cabral que nascem os vídeos seguidos por mais de 1,6 milhão de usuários do YouTube. Na produção, nada de microfones, cenários elaborados ou efeitos especiais. É o carisma de Manuele Souza, 16 anos, e de Flávia de Moura, 15, as primas protagonistas do canal Manu e Flávia, que conquista os fãs.

A receita do sucesso é variada e, por vezes, surpreende até as autoras. Os vídeos retratam o dia a dia das meninas, que, é verdade, mudou um bocado desde que o canal “bombou”, mas ainda mantém praticamente a mesma essência do começo da história delas na internet: atividades típicas de adolescentes com uma pitada de bom humor.

A estreia na principal plataforma de vídeos da web foi em janeiro de 2015. Na época, Manu era uma estrela solo – em todos os sentidos. Sem equipamento adequado – as gravações eram feitas em um celular – e qualquer noção de edição audiovisual, era ela, sozinha, quem produzia tudo.

Hoje, segundo Flávia, Manu ainda é a “cabeça” da dupla. Parte dela as ideias dos vídeos, a edição das imagens e a administração do canal na internet. Mas a prima teve papel essencial no sucesso. Foi a partir da participação de Flávia que o número de acessos cresceu absurdamente.

Publicado em setembro de 2015, “Rico X Pobre” – o primeiro vídeo da dupla – atingiu 1 milhão de espectadores pouco tempo depois de ir ao ar. Com ele, as meninas descobriram que juntas poderiam chegar mais longe.

“O mais difícil foi a parte do nome. Daí a gente resolveu deixar só Manu e Flávia mesmo”, conta Manu. “Eu mesma nunca imaginei que a gente conseguiria tantos fãs. Era uma diversão, uma brincadeira, uma coisa que a gente gosta de fazer”, completa Flávia.

Ednilson Aguiar/Olivre

 Manu e Flávi

Manu e Flávia compraram a câmera digital que usam hoje após o sucesso do canal

Com o aumento na quantidade de seguidores, o canal se transformou em uma fonte de renda para as garotas – sem deixar de ser a diversão diária delas. Manu monetariza (solicita ao YouTube pagamento pelo que produz) os vídeos desde agosto de 2015. Elas preferem não revelar quanto ganham por mês, mas sustentam: o dinheiro, dividido meio a meio entre as primas, é o que sustenta as duas famílias.

Além dos pagamentos do YouTube, Manu e Flávia recebem maquiagem, cosméticos para cabelo e roupas de empresas que querem seus produtos divulgados no canal das meninas. O formato desses vídeos continua sendo o mesmo dos gravados ainda no início da carreira delas, quando os objetos expostos eram comprados por elas e não oferecidos pelas marcas.

Por falar em carreira, Manu e Flávia, que são alunas do primeiro e segundo anos do ensino médio da Escola Estadual Estevão Alves Corrêa, no bairro Tijucal, em Cuiabá, ainda não têm certeza sobre o que querem “ser quando crescer”, mas trabalhar exclusivamente como youtubers não é uma opção.

“Eu quero ser policial, mas não tenho certeza. Ainda estou vendo isso”, diz Manu. “Cada hora eu penso numa coisa. Já tive tantos sonhos. Ser professora de balé foi um deles por um bom tempo. Agora não sei mais, acho que vou fazer psicologia”, pondera Flávia.

Já quanto ao futuro do canal, elas lidam com a questão de forma tão despretensiosa quanto iniciaram os vídeos. O plano é “continuar até quando der”, diz uma delas.

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