Ednilson Aguiar/O Livre
Neurilan Fraga, presidente da AMM, cobra do Governo do Estado o pagamento de repasses atrasados na área de saúde
A Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) deve votar, na próxima sexta-feira (10), a proposta de apoiar um pedido de impeachment do governador Pedro Taques (PSDB). A deliberação ocorre enquanto o governador está em viagem à China, tratando de investimentos para Mato Grosso.
Se aprovado o pedido, a AMM deve encaminhar um documento à Assembleia Legislativa pedindo para abrir o processo de impedimento. O motivo de a possibilidade ter sido levantada são os atrasos para o setor de saúde, que ultrapassariam os R$ 100 milhões.
“Se a decisão da maioria dos prefeitos for por uma atitude mais dura, mais enérgica, no pedido de afastamento do governador, não tenho dúvidas de fazer esse pedido. Sabemos que passará pela Assembleia, mas nossa parte vamos cumprir”, declarou o presidente da AMM, Neurilan Fraga, durante entrevista coletiva em Sinop, depois de protesto de vários prefeitos, vereadores e servidores da região, cobrando recursos para a saúde.
Neurilan sugeriu que todas as outras atividades do Estado sejam paralisadas para priorizar a saúde. “Os municípios não aguentam mais os atrasos. Estamos cobrando do governador que os repasses sejam regularizados. É o momento de paralisar tudo para priorizar a saúde. Vidas estão sendo ceifadas. Tem que parar de fazer asfalto, tocar obra e fazer Caravana da Transformação, que custa milhões e só traz resultados na área de oftalmologia”, afirmou.
Em assembleia geral no dia 27 de outubro, a AMM já havia tirado um posicionamento autorizando o presidente da entidade, Neurilan Fraga, a pedir o impeachment do governador. Na ocasião, Neurilan afirmou à reportagem do LIVRE que tentaria negociar o pagamento dos atrasados com o secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi (PSB), antes de tomar uma atitude nesse sentido.
