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Com ajuda de alunas, porteiro de escola passa no vestibular

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Com ajuda de alunas, porteiro de escola passa no vestibular
(Foto: Reprodução/O Livre)

Ozeilto Barbosa de Oliveira é um brasileiro que vai inspirar muita gente com a bela história de superação. O homem passou mais de vinte anos sem estudar. Oito deles, trabalhando com porteiro em um centro educacional.

Entretanto, agora, isso faz parte do passado de Ozeilto. Aprovado com bolsa de 100% pelo Prouni, ele é calouro no próximo semestre, em uma faculdade de enfermagem.

A jornada que o levou à aprovação, começou um ano atrás, no Centro Educacional Charles Darwin, em Vitória (ES), onde trabalhava como porteiro desde 2011. Lá, ele foi convidado a participar do grupo de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

“Uma secretária da escola chegou para mim e falou: “Ozeilto, que tal você voltar a estudar?” Eu falei logo que não, mas ela insistiu e me apresentou o EJA. Ali, a convivência com os alunos e o ambiente escolar despertaram em mim a vontade de estudar”, explicou ele ao jornal A Tribuna.

Até então, Ozeilto havia estudado apenas até o quarto ano do Ensino Fundamental, tendo abandonado a escola aos 16 anos, época em que seu primeiro filho nasceu. Porém, o porteiro recuperou rapidamente o tempo perdido. Com o certificado de conclusão do Ensino Médio, matriculou-se em um curso pré-vestibular.

O apoio recebido não se resumiu apenas à bolsa integral com que foi contemplado. Ao longo do ano, ele foi auxiliado também pelas alunas Bárbara Rocha, 20 anos, Débora Lopes, 19, e Ramona Uliana, de 21, que acompanharam de perto o esforço do Ozeilto, a quem chamam carinhosamente de “Ozê”.

“Eu lembro de tê-lo ajudado em Matemática. A gente via ele todo dia com a apostila na mão lendo ou fazendo exercícios. Ele é afetivo, olha para cada um de forma individual e cumprimenta os alunos pelo nome. A gente reclama por pouco, somos privilegiadas por estudar na juventude. Ele só conseguiu agora”, contam Débora e Bárbara que sonham cursar Medicina.

Hoje com três filhos e dois netos, ele, que um dia chegou a ser catador de latinhas, vê a nova chance com alegria. “Eu fiquei muito feliz, vou realizar meu sonho e dar uma vida mais digna para minha família.”

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