5 perguntas para

Cinco perguntas para um locutor de loja

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Cinco perguntas para um locutor de loja
Funcionário de uma loja de utilidades tem o sonho de narrar Palmeiras e Corinthians, ao vivo, em uma rádio de alcance nacional (Foto: Suellen Pessetto/ O Livre)

Rivelino Campos trabalha há mais de 2 anos como locutor em uma loja de utilidades no centro de Cuiabá. Todos os dias, emposta a voz e anuncia as ofertas, que vão de roupas a utensílios do lar.

Ele conta que, desde adolescente, trabalha como o microfone. É comentarista em beira de campos de futebol da categoria amador e narrador esportivo em webrádios.

A paixão pelo esporte, segundo ele, veio de nascimento, já que seu nome é o mesmo da estrela corintiana, Rivelino.

Em um mundo ideal, ele sonha fazer a locução do clássico Palmeiras e Corinthians em uma rádio conhecida nacionalmente. “É o meu sonho”.

1- Que cuidados você tem com a voz? Você já ficou rouco?

Quando trabalho muito, chego a ficar rouco. Porém, sempre procuro cuidar da minha ferramenta de trabalho. Tomo água a cada 15 minutos, sempre mastigo gengibre e pelo menos duas vezes por semana faço gargarejo com água morna e sal.

2- O termo “Ei, psiu” funciona?

Funciona sim. A cada 10 pessoas que chamo, 8 entram na loja. Mas a eficiência depende de estratégia. Olho bem para a pessoa e vejo. Se ela está grávida, chamo para ver roupas de bebê. Caso seja uma mulher com filho pequeno, falo de promoção de salgadinho.

Tudo é experiência e observação.

3 – O locutor ganha comissão?

Não ganhamos comissão pelas vendas, no entanto, se os clientes diminuem, acabamos dispensados.

4- Já houve caso do cliente se assustar com a chamada?

Muitas vezes as pessoas se assustam e algumas vezes falam algo desagradável. Aqui dentro da loja também tem destes casos.

As pessoas são complicadas, temos que entender que cada um teve um dia diferente. Já cheguei a agradecer uma cliente e ela brigar comigo porque não achou o produto que queria ou coisa parecida. Faz parte do trabalho.

5 – Como você foi parar no emprego?

Eu trabalhava no estoque da loja e o dono precisava de alguém para fazer a locução. Todos estavam com vergonha, então eu disse que podia fazer. Topei o desafio.

Aí, como tenho conhecimento sobre os produtos e experiência com narrativa esportiva, foi fácil.

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