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Cinco perguntas para AUGUSTO NUNES

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Cinco perguntas para AUGUSTO NUNES
5 perguntas para Augusto Nunes

O diretor-geral do LIVRE, Augusto Nunes, nasceu no município de Taquaritinga, no interior de São Paulo, distante 350 quilômetros da Capital. É um dos jornalistas mais respeitados do país, passou pelos principais jornais brasileiros como O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e o jornal Zero Hora. E dirigiu as revistas Veja, Época e Forbes.

Atualmente, é colunista da Revista Veja e rádio Jovem Pan. Apresenta o programa Roda Vida da TV Cultura há mais de 30 anos. Sua trajetória de sucesso no jornalismo brasileiro começou a ser traçada com apenas 15 anos, quando escrevia para o Nosso Jornal.

No final de 2016, assumiu o comando do site O LIVRE e estreou um programa de entrevistas com o mesmo nome na TV Cidade Verde/Band, em Cuiabá (MT). Vencedor de quatro prêmios Esso de Jornalismo, Nunes vem contribuindo substancialmente para o crescimento do site, cuja proposta principal é ser independente.

1- Das “metrópoles”, prefere Taquaritinga (SP) ou São Paulo (SP)?
Augusto Nunes – Metrópole, São Paulo. Cidade menor, Taquaritinga. É engraçado: quando eu viajava para o exterior, no começo da minha carreira, eu tinha saudade de Taquaritinga. Depois, comecei a ter saudade de São Paulo. Isso mostra que minha cidade hoje é São Paulo. Eu não voltaria a morar no interior, mas lá estão minhas raízes e minha família. Minha família inclusive comprou o jornal da cidade onde eu comecei a escrever, com 15 anos. Hoje sou diretor-presidente da publicação que se chama “Nosso Jornal” e sai uma vez por semana. Eu tenho muitos vínculos com aquela cidade, meus irmãos estão lá, tem a casa da minha sogra, a casa em que eu nasci, mas eu sou de São Paulo.

2 – Até agora, qual foi o fato ou momento mais marcante de sua carreira?
AN – Foi a cobertura da greve dos donos de caminhões no Chile, em outubro de 1972. Um ano antes do Golpe de Estado que derrubou o regime democrático constitucional naquele país. Tudo arquitetado pelo general Augusto Pinochet, que veio a se proclamar presidente em 1973. Eu tinha apenas 21 anos e fui cobrir aquele movimento. Vivi momentos de muita tensão, como o toque de recolher. Ia para o meu hotel com atiradores armadas nas janelas. Isso me marcou muito. Nessa época dava medo ser jornalista, mas percebi que o golpe de Estado estava sendo preparado. Eu tinha um salvo conduto, mas que não valia muita coisa. Quem assinou o documento foi o próprio Pinochet.

3 – E a entrevista mais polêmica ou engraçada do Roda Viva?
AN – A polêmica foi quando o Orestes Quércia levantou para sair no braço com o Rui Xavier, que foi representando o Estadão. O Quércia foi lá para brigar porque as acusações do Estadão eram diárias, com casos de corrupção e outros; ele foi pronto para brigar e chamar de canalha. Eu não estava no comando da entrevista, mas participei.

Em relação à mais engraçada, tem muita coisa que acontece e é divertida. Mas o momento mais engraçado até hoje foi no primeiro Roda Viva, com o então ministro da Justiça, Paulo Brossard. Na estreia, em setembro de 1986, os copos d´água eram feitos contra os convidados, com uma cavidade muito rasa. Falei para o diretor do programa Roberto de Oliveira, esse convidado gesticula muito, vai derrubar o copo. Não deu outra. Dez minutos depois o copo caiu e foi parar exatamente no bolso da calça do Brossard. Não era uma bombacha, mas a calça era larga. Eu fiquei acompanhando o percurso daquela água ali, me segurando para não rir. A Miriam Leitão fez uma pergunta banal, e o Brossard respondeu bravo, mas era a água pingando.

4 – Quem você levaria para uma ilha deserta: Dilma Rousseff ou Bolsonaro?
AN – Olha, eu preferia me afogar primeiro. Eu me afogo. Eu saio nadando em direção ao continente, e se eu não chegar está tudo bem…

5 – O Brasil é…
AN – É um país que insiste em perder oportunidades de ser tudo o que poderia, pelas condições geopolíticas e pelo povo. Que é um povo legal, mas que adia o próprio futuro.

EXTRA – Para finalizar… Bruna Lombardi ou Maitê Proença?
As duas, sou a favor da bigamia.

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