Judiciário

Caso Toni Flor: Justiça nega pedido de sigilo processual

A motivação do pedido seria a exposição da denunciada, Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor, na mídia

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Caso Toni Flor: Justiça nega pedido de sigilo processual
(Reprodução / Facebook)

O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido da defesa de Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor para decretar sigilo no processo judicial. A mulher é apontada como mentora do assassinato do marido, o empresário Toni da Silva Flor.

O argumento apresentado pela defesa é que a imagem de Ana Cláudia tem sido explorada pela mídia, em uma ação que incorre em “crime de gênero ou de cunho sexista, expondo, inclusive, as filhas menores da denunciada e vítima”.

O magistrado pontuou que está atento às observações feitas pelo Ministério Público do Estado e também pela defesa, mas não encontrou um fundamento para atender ao pedido. A decisão foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico desta quinta-feira (25).

As menores não estão sendo expostas por este juízo, e nem os fatos as incluem neste processo. Os incômodos experimentados pelas infantes decorrem do fato do pai ter sido vítima de homicídio e da mãe, denunciada e segregada cautelarmente, responder a este processo crime pela acusação de autoria no crime de homicídio que vitimou o marido e pai das menores”, frisou Fernandes.

O juiz pontuou que os fatos relatados na fase inicial acusatória  não estão reservados à intimidade de Ana Cláudia, e lembrou ainda que a atenção dada pela mídia ao caso, é resultado do acionamento de Ana Cláudia quando as investigações ainda eram feitas pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

“Sendo veiculadas diversas matérias à época, não podendo este juízo impedir a divulgação sobre os fatos e o trâmite processual, tanto é que o sigilo é reservado apenas os feitos que tramitam em sede cautelar, necessários à instrução de inquéritos policiais”, complementou a decisão.

O crime

Toni foi morto a tiros ao chegar a uma academia (Foto: Acervo pessoal)

Toni foi morto a tiros em 1º de agosto do ano passado. O responsável pelos disparos foi Igor Espinosa, que teria agido a mando de Ana Cláudia, segundo a Promotoria.

A mulher teria contado com a ajuda também de Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva para realizar o plano.

A motivação do crime, seria a partilha dos bens diante da separação do casal. Dias antes do crime, Toni sinalizou o interesse em acabar com o relacionamento que já tinha 15 anos.

Monitoramento mantido

O juiz determinou ainda a manutenção do monitoramento eletrônico de Ediane Aparecida da Cruz Silva. A manicure teria ajudado Ana Cláudia a encontrar alguém para praticar o crime.

Em sua justificativa, Fernandes lembrou que os autos revelam que “a denunciada possuía conhecimento acerca do envolvimento de pessoas com a prática criminosa, circunstância que pode causar embaraço à tramitação processual, especialmente às testemunhas arroladas”, finalizou.

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