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Blairo pede veterinários do Exército para suprir desfalque no ministério da Agricultura

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Blairo pede veterinários do Exército para suprir desfalque no ministério da Agricultura

Gabriele Schimanoski/O Livre

forum cadeias produtivas maggi

Maggi pediu ao Exército médicos veterinários para suprir demanda de profissionais em todo o país

Na tentativa de retomar as exportações de carne para os Estados Unidos, o ministro Blairo Maggi revelou que pediu ao Exército Brasileiro auxílio para suprir a falta de médicos veterinários concursados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10) durante o Fórum das Cadeias Produtivas promovido pelo Sindicato Rural de Cuiabá em parceria com entidades ligadas ao agronegócio.

Maggi disse que entrou em contato com o Exército solicitando parte do contingente de médicos veterinários para atender exclusivamente os frigoríficos que já abatem para o mercado norte-americano ou que poderão ser habilitados para exportar para aquele país. “Eles vão ceder alguns veterinários para nós até que o governo nos dê autorização para contratar 300 profissionais em regime de urgência”, revelou.

“No Paraná tem uma planta pronta para abrir, com capacidade para abater
2,5 mil cabeças por dia, mas está fechada porque não temos profissionais do ministério.
É uma vergonha”

Além do Exército, o ministro também apelou para o Ministério da Saúde e para profissionais que atuavam em Rondônia, Amapá e Roraima.

“Eles foram trazidos para a folha de pagamento da União, saíram do Estado e estão à nossa disposição”, comentou. Parte destes veterinários, disse o ministro, serão remanejados para Mato Grosso.

Ao contrário de vários países para onde o Brasil exporta, os Estados Unidos não aceitam que a inspeção nas unidades frigoríficas seja feita por funcionários terceirizados.

“Em algumas unidades o veterinário é pago pelo frigorífico, mas está sob orientação do Mapa”, explica.

A situação ocorre, explica o ministro, por ser impossível contratar dez mil pessoas diante da atual conjuntura econômica. No Brasil, trabalham hoje onze mil profissionais nas linhas de produção dos frigoríficos. Eles são responsáveis pelas inspeções em todo o percurso do abate, desde quando o animal chega ainda vivo até a saída do produto final.

Maggi considera uma vergonha a situação em que o ministério vive devido à falta de pessoal. “No Paraná tem uma planta pronta para abrir, com capacidade para abater 2,5 mil cabeças por dia, mas está fechada porque não temos profissionais [do ministério]. É uma vergonha dizer que não temos gente pra colocar lá”, lamenta.

Novo modelo
O ministro revelou ainda que o Mapa deve apresentar um novo modelo de inspeção federal em breve. Ele confirmou que o Ministério contratou uma empresa de consultoria para fazer um levantamento de tudo o que é feito no mundo em relação a inspeção animal e que conta com o apoio dos estudos desenvolvidos pela Embrapa. “É preciso deixar claro o que é obrigação do Estado, o que é poder de polícia e onde o Estado não pode botar a mão”, pontuou.

Segundo ele, há uma confusão entre o que diz respeito a saúde pública e qualidade do produto. “Nós nos preocupamos com o cidadão. A qualidade quem tem que se preocupar é o dono do frigorífico”, finalizou. 

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