A Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (ASSOF) afirmou, por meio de nota, que a prisão dos três militares na Operação Assepsia, realizada nesta terça-feira (18), trata-se de um equívoco da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que investiga o caso.
Isso porque de acordo com a associação, os militares teriam ido até a Penitenciária Central do Estado (PCE), no dia 6 de junho, para se reunir com um dos presos no intuito de colher informações de ações criminosas que estariam prestes a ocorrer em Cuiabá.
No entanto, em coletiva realizada também na manhã desta terça-feira, o delegado responsável pelas investigações, Frederico Murta, contou que os policiais teriam chegado à PCE sem farda, 40 minutos após a entrega do freezer que continha mais de 80 celulares em seu interior.
Os três militares foram flagrados pelas imagens circuito interno de segurança se reunindo com os diretores da PCE e com dois presos que tem ligação com o Comando Vermelho, facção criminosa que atua em Mato Grosso.
Ainda de acordo com o presidente da Assof, Tenente Coronel PM Wanderson, que assina a nota, a atuação dos três militares neste dia era de conhecimento dos superiores hierárquicos dentro da Polícia Militar (PM) e que eles não possuem registros de desvios de conduta em sua ficha funcional.
Entenda o caso
Sete pessoas foram presas na manhã desta terça-feira na Operação Assepsia, que investiga a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais de Mato Grosso. No dia 6 de junho, um freezer com 86 celulares foi entregue na PCE. No mesmo dia, diretores da unidade, três policiais militares e dois presos se reuniram na sala da direção. Toda a movimentação foi flagrada pelas câmeras da unidade.