O ex-vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD), mencionado na delação do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, conseguiu autorização na Justiça para ter acesso ao conteúdo integrado da ação referente à Operação Rêmora. A autorização foi concedida pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na sexta-feira (14).
A ação é resultado de investigação movida pelo Ministério Público do Estado (MPE), que apontou a existência de uma organização criminosa que teria desviado dinheiro da Seduc para pagamento de dívidas de campanha do ex-governador Pedro Taques (PSDB).
Conforme o LIVRE divulgou, Permínio revelou ao Ministério Público, em sua delação, que Fávaro sabia de um suposto caixa 2 na campanha de Taques, que teria levado a proposta de usar 10% de um valor que o grupo JBS tinha devolvido ao Estado para pagar as dívidas de campanha.
Depois que a delação veio à tona, Fávaro pediu para ter acesso ao conteúdo dos autos. Por não ter sido denunciado pelo Ministério Público, ele não é réu na ação.
A Operação Rêmora foi deflagrada em 2015 e teve três fases, levando à prisão servidores da Seduc, o próprio ex-secretário e os empresários Alan Malouf e Giovani Guizardi. Os dois últimos foram apontados como líder e operador do esquema, respectivamente. Segundo as investigações, a organização criminosa, que foi desmantelada logo no início do esquema, teria desviado pelo menos R$ 400 mil da Seduc.
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