A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, na manhã desta terça-feira (18), sete mandados de prisão e oito ordens de busca e apreensão, na Operação Assepsia, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.
Os mandados de prisão foram decretados contra cinco servidores públicos e dois internos da Penitenciária Central do Estado (PCE).
No dia 6 de junho, foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido dentro da porta de uma geladeira, na PCE.
Equipes da GCCO estiveram na penitenciária e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações sobre o objeto. Diante da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados sobre os fatos. A polícia também teve acesso às imagens do circuito interno.
Foi possível identificar e comprovar que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares.
Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o o freezer, que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado.
Segundo a Polícia Civil, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção.
“Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.
No decorrer das investigações, ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse reeducando divide cela com o destinatário do equipamento.
(Com assessoria)
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