JLSiqueira/ALMT
Uma nova polêmica envolvendo a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) começou a mobilizar a população e autoridades de Cáceres, distante 210 km de Cuiabá. Há uma discussão, liderada em vários campus da instituição, para transferir a reitoria da unidade de ensino superior para Cuiabá. O assunto é tratado como uma tentativa de golpe pelo ex-reitor e deputado estadual Adriano Silva (PSB).
Tão logo tomou conhecimento das movimentações, o deputado ingressou com um projeto de lei para assegurar a permanência da reitoria em Cáceres. A discussão, que vem ocorrendo por algumas comunidades acadêmicas, antecipa o 3º Congresso Universitário de 2017.
Além do projeto apresentado, o deputado se reuniu com o governador Pedro Taques (PSDB) na noite desta terça-feira, 18, e, segundo Silva, o chefe do Executivo assegurou que, enquanto estiver à frente do governo de Mato Grosso, a reitoria da Unemat não sai de Cáceres.
Conforme o projeto do deputado, a sede administrativa da Unemat compreende a reitoria, pró-reitorias e todos os órgãos administrativos e financeiros vinculados à instituição. Já existe um movimento interno na universidade para mobilizar os deputados estaduais a votar contra a proposta do socialista (veja documentos no fim desta reportagem).
Nesta quarta, as discussões do pré-congresso serão feitas em Cáceres. “A mudança da sede administrativa fere um sentimento histórico do povo de Cáceres, onde foi criada a universidade em 1978, além do braço econômico do município”, disse Adriano Silva.
O parlamentar acrescentou que em momento algum seu projeto pretende retirar a autonomia pedagógica ou financeira da instituição. O objetivo é manter a reitoria em Cáceres. A unidade de ensino está instalada em 13 municípios de Mato Grosso. O documento para barrar a proposta dele recebeu um número maior de adesões de lideranças ligadas à educação do interior do Estado.