Judiciário

Acusada de tortura, Ledur avança na fila para promoção e tenta anular audiência

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Acusada de tortura, Ledur avança na fila para promoção e tenta anular audiência

A tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps tentou suspender as audiências de instrução marcadas para os dias 15 e 16 de abril, a respeito da morte do aluno bombeiro Rodrigo Patrício de Lima Claro, que morreu após um treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, em novembro de 2016. Instrutora do curso, Ledur foi acusada de tortura.

Formulado pela defesa no dia 28 de março, o pedido questionou as decisões monocráticas tomadas pelo juízo e pediu a “designação da sessão pública de julgamento” para que o caso seja analisado. Ela alegou que as decisões “violaria o procedimento especial existente”.

Ao receber o pedido, na terça-feira (2), o juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal, observou que, de fato, o Conselho Especial de Justiça é quem tem a competência para analisar o pedido. Por isso, ele determinou que a análise seja feita pelos membros do Conselho antes do início da audiência.

“Caso acolhida pelo Conselho Especial de Justiça, ensejará automaticamente o cancelamento das sessões de instrução”, diz outro trecho da decisão. Ao final, o juiz determinou que sejam levantadas as decisões tomadas por ele, de forma monocrática.

A defesa da tenente tem buscado anular a investigação que resultou na denúncia contra a oficial, por tortura. No mês passado, Ledur sofreu mais uma derrota na Justiça ao pedir a anulação.

No pedido, a defesa da tenente alegou que, uma vez que foi apontada a natureza militar no caso, a morte do aluno passou a ser de competência de investigação militar e não da Polícia Judiciária Civil (PJC), como aconteceu. Dessa forma, o documento estaria “lastrado de irregularidades”.

Promoção

Também no dia 28 de março, a tenente Izadora Ledur participou de uma inspeção de saúde após ter sido convocada pelo Comando-Geral do Corpo de Bombeiros, visando a sua promoção ao posto de capitã. Na ocasião, ela foi foi considerada aprovada.

Ledur retornou ao trabalho no final de janeiro, depois de passar mais de dois anos afastada da corporação, devido a licenças médicas. Nova enviada pela corporação, na época, afirmava que ela passou a desempenhar funções administrativas e estava proibida de conceder entrevistas.

Desde o início do processo, Ledur tem evitado ser vista e ter contato com a imprensa. Ela não compareceu em nenhuma audiência relativa ao caso. A expectativa é de que ela compareça na próxima semana, caso a sessão não seja cancelada.

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