Consumo

Academias: empresários aguardam posicionamento da prefeitura para reabrir

Elas foram encaixadas pelo governo do Estado como atividades essenciais, mas ainda não têm uma posição do Município

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Academias: empresários aguardam posicionamento da prefeitura para reabrir
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

As academias estão contando os minutos para a publicação do decreto municipal que regulamentará a atividade em Cuiabá. Elas vão reabrir as portas depois de quatro meses fechadas por conta das medidas restritivas para o combate à proliferação do novo coronavírus.

Para o educador físico e diretor-técnico da academia Golfinho Azul, Harvey Brizola, mesmo com a autorização do governo do Estado para o retorno de 100% das atividades, a ação dentro dessa porcentagem será inviável, pois não garantirá a segurança dos frequentadores.

No caso da Golfinho Azul, a equipe técnica fez um estudo das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e também analisou como os demais países fizeram a retomada do setor.

Então, ficou estabelecido que apenas a natação para adultos, a musculação e poucas aulas coletivas serão disponibilizadas. Todas terão um controle e limitação do acesso de pessoas, para que o distanciamento seja mantido.

Sabemos que algumas academias até já abriram. Mas nós vamos esperar que as regras sejam definidas para não correr riscos. Além da desinfecção, precisamos acionar os funcionários, treiná-los e comunicar os alunos de como será a reabertura“, explica Brizola.

Ele esclarece que a ideia é fazer com que os alunos, hoje matriculados, possam manter uma frequência de aulas em duas vezes na semana. Na musculação, por exemplo, haverá horários agendados por grupos, que terão 40 minutos para fazer suas atividades.

O agendamento de horários, agora, será parte da rotina de quem voltar a treinar (Foto: Ilustrativa/Pixabay)

Depois, o espaço será desinfectado com um equipamento adquirido recentemente pelo estabelecimento, e outro grupo entrará para usar a sala.

Não será permitido que os alunos fiquem na unidade após o treinamento e nem que usem os vestiários ou consumam a água do bebedouro, precisarão trazer de casa.

“A medida também é adequada para a saúde dos clientes, uma vez que eles estão há quatro meses parados e a retomada precisa ser gradual”, explica o educador físico.

Com relação às aulas coletivas, elas também serão disponibilizadas via internet para quem não se sente seguro em sair de casa, principalmente os idosos.

Nosso público não é o mesmo dos bares da Praça Popular, que vão aproveitar da abertura para se aglomerar, ficar sem máscara e ainda colocar a saúde de quem trabalha em risco, avalia.

Trabalhadores

Como os trabalhadores tiveram os contratos suspensos, as empresas precisam de um prazo de 48 horas para convocá-los e nem todos serão encaixados no primeiro momento.

O grupo ainda passará por um treinamento, que não foi realizado antes porque a qualificação conta como horas de trabalho e exige a retomada dos contratos, esclarece o educador.

“Este semana, a equipe de limpeza e desinfecção já está atuando e a expectativa é que até a próxima semana, os alunos comecem a frequentar a academia”, afirma.

Brizola conta que a estratégia da Golfinho é esperar os encaminhamentos e ir chamando os profissionais conforme as atividades forem sendo liberadas, já que não é seguro coloca lotação máxima em uma sala de ginástica.

Nem todas as academias já reabriram as portas e o processo promete ser lento, já que funcionários têm que ser convocados e treinados (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Idas e vinda da informação

Brizola afirma que o setor ficou um pouco perdido diante das informações contraditórias vindas do Município e do Estado, bem como das decisões judiciais.

O setor, segundo ele, está esperando um canal de conversação com a prefeitura desde que a pandemia começou e o encontro se resumiu a uma vídeo conferência.

Agora, a expectativa é com relação a uma promessa feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de dialogar com os setores econômicos de forma individualizada.

Prejuízos e mais prejuízos

Mesmo com o retorno, o prejuízo ainda não foi calculado, mas o educador, que é um dos sócio do estabelecimento, acredita que será alto.

Ele leva em consideração o fato das inscrições terem ficado suspensas por quatro meses e ainda a compensação dos contratos vigentes. Já que as aulas que não foram dadas deverão ser repostas.

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