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Wagner Ramos diz que mensalinho não existiu e vídeos foram armados

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Wagner Ramos diz que mensalinho não existiu e vídeos foram armados

Ednilson Aguiar/O Livre

 deputados Wagner Ramos

O deputado estadual Wagner Ramos (PSD) afirmou que a acusação de que ele recebia um “mensalinho”, feita pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) na sua delação premiada, é mentirosa. Wagner consta na lista de beneficiários entregue por Silval à Procuradoria Geral da República (PGR), mas, até onde se saiba, não está entre os parlamentares que foram filmados recebendo dinheiro das mãos do delator Silvio Corrêa, chefe de gabinete do ex-gestor.

“[O mensalinho ] é uma tremenda fraude, uma mentira”, afirmou. “Mensalinho significa que é mensal. Será que ele não deveria ter então 24 gravações por mês?”, questionou o deputado, em entrevista coletiva na noite de terça-feira (5).

Ele afirmou ainda que não foi a essa reunião para a qual os outros os deputados foram convidados, porque “sentiu cheiro” de alguma coisa errada no ar.

“Ali foi uma armação para poder filmar os deputados e justificar a roubalheira. Não quero defender meus colegas que foram filmados, mas eles foram despreparados para receber dinheiro. Vocês viram nas imagens”, analisou.

Ele afirmou ainda que a delação e os vídeos prejudicaram a imagem do Legislativo mato-grossense. “Fica ruim para a Assembleia. Parece que Silval virou santo e todo mundo é bandido”, disse.

Extorsão

Wagner Ramos ainda negou ter extorquido Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador. O deputado sustenta que o flagrante em vídeo em uma conversa no escritório do empresário “foi armado”. Os delatores afirmam terem sido extorquidos para que os deputados “aliviassem” no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar irregularidades nas obras para a Copa de 2014.

“Aquilo foi armação. Façam uma avaliação do que eu falo e do que Rodrigo fala”, disse o parlamentar à imprensa. Ele afirmou que, naquele dia, foi ao escritório de Rodrigo tratar de um garimpo em Nossa Senhora do Livramento, acompanhando de um amigo geólogo.

O deputado também negou que tenha extorquido Rodrigo e Toninho Barbosa, irmão de Silval, para aprovação das contas de 2014 do ex-governador. “Eu estava no meu gabinete e Romoaldo Junior (PMDB) me chamou para conversar com eles no carro. Eu disse que não converso desses assuntos e saí fora. Nunca conversei com eles sobre aprovação de contas”, declarou.

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