Cidades

Violência doméstica: botão do pânico já foi acionado 148 vezes em Mato Grosso

Este ano, de janeiro a fevereiro, já foram concedidas 1.313 medidas protetivas de urgência para mulheres vítimas de violência

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Violência doméstica: botão do pânico já foi acionado 148 vezes em Mato Grosso
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Em nove meses de funcionamento em Mato Grosso, o aplicativo “SOS Mulher MT – Botão do Pânico” já foi acionado por 148 mulheres que estavam em perigo iminente, diante de agressores que quebraram a medida protetiva.

O número foi contabilizado no período de 23 de junho de 2021 (data do lançamento) a 28 de março de 2022 pela Polícia Judiciária Civil.

“Entregamos uma ferramenta poderosa para a sociedade, de grande alcance social e enorme potencialidade para salvar vidas”, enalteceu a presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Maria Helena Póvoas.

“Espero que as mulheres façam uso constantemente do Botão do Pânico. Peço que elas não deixem para depois, achando que esse homem vai melhorar, porque não vai. O mais comum é a violência progredir, quiçá até chegar a matar a companheira”, alertou a presidente.

Como solicitar?

Para acionar o botão do pânico, que funciona como um pedido de socorro no formato virtual, a vítima precisa ter solicitado uma medida protetiva e informar se deseja a ferramenta virtual.

O pedido será analisado pela Justiça e, em caso de deferimento, instalado no aparelho.

Em 2021 foram concedidas 10.249 medidas protetivas de urgência pelo Poder Judiciário. Este ano, de janeiro a fevereiro já foram concedidas 1.313.

Como funciona?

Ao clicar no botão do aplicativo, em 30 segundos o pedido de ajuda chega ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT), que envia a viatura mais próxima em socorro à vítima.

O delegado-geral da PJC, Mário Demerval, destaca que o aplicativo também permite acesso a outras funcionalidades, como os telefones de emergência, denúncias e à Delegacia Virtual.

“Já podemos notar que com os deferimentos dos pedidos, o índice de feminicídio apresenta uma considerável baixa, tendo em vista que mulheres vítimas de violência doméstica em situação de perigo tiveram em suas mãos um mecanismo, que de forma instantânea, aciona as forças de segurança pública, com um simples clique no botão que está nos aparelhos celulares delas”.

(Da Assessoria)

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