O prefeito interino de Cuiabá, Roberto Stopa, disse não ver crime nas ações do prefeito afastado Emanuel Pinheiro investigadas na Operação Capistrium, de contratação descontrolada de indicados políticos para a Secretaria de Saúde.
Segundo ele, casos semelhantes aos investigados pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) acontecem “em vários municípios” no país.
“O prefeito está afastado por contratação de servidores e não por desvio de dinheiro público e, pelo que pudemos apurar, isso aconteceu e acontece em vários municípios brasileiros. Por isso, acredito que em breve a Justiça vai restabelecer a verdade”, disse.
Stopa assumiu ontem (20) o cargo de prefeito interino, após uma cerimônia discreta na Câmara dos Vereadores. Ele disse esperar ficar no cargo por alguns dias e não conta em exercer a função até o fim do mandato.
Apesar de defender a posição de Emanuel Pinheiro, Stopa disse que já pediu à Procuradoria Geral do Município (PGM) para fazer uma auditoria nos contratos de servidores da Secretaria de Saúde, com base no processo da Turma das Câmaras Criminais Reunidas que deu origem à Capistrium.
“Já pedi à PGM que estude rapidamente o processo que foi objeto de afastamento do prefeito para a partir daí a gente fazer uma análise. Se for detectada a necessidade de tomada de providência, obviamente que tomaremos”, afirmou.