O conselheiro Valter Albano declarou repúdio à decisão que o afastou do cargo no Tribunal de Contas do Estado (TCE) com base na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Em nota, Albano negou que tenha agido de forma ilícita ou se omitido no cargo de conselheiro. Ele disse ainda que confia na Justiça.
Cinco conselheiros foram afastados nesta quinta-feira (14), por decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles foram citados na delação de Silval como sendo beneficiários de R$ 53 milhões em propina destinada a liberar obras do programa de pavimentação do MT Integrado.
Além de Albano, foram afastados José Carlos Novelli, Waldir Teis, o presidente Antônio Joaquim e Sergio Ricardo, que já estava fora do cargo por outra decisão judicial, acusado de comprar a cadeira no TCE. O único titular que continua no cargo é Campos Neto, que assumiu interinamente a presidência do órgão depois da Operação Malebolge, a 12ª fase da Ararath.
Confira a nota de Valter Albano na íntegra:
NOTA À IMPRENSA E À SOCIEDADE
Venho a público manifestar que nunca me omiti e nem agi de forma ilícita no exercício de minhas funções, nem pessoalmente e nem por pessoa autorizada por mim.
Em meus 45 anos de vida pública nunca fui condenado em nenhum processo, de qualquer natureza, especialmente por fatos que denegrissem minha honra e minha integridade.
Repudio o afastamento do cargo tão somente com base em delações sem nenhuma prova para corroborá-las, confio na Justiça e tenho a certeza de que o tempo e as investigações irão demonstrar a veracidade dos fatos.
Cuiabá/MT, 14 de setembro de 2017
Valter Albano da Silva
Atualizada às 17h46.
