A valorização do dólar tem exigido atenção dos produtores de milho em Mato Grosso. A alta encarece os custos da produção, mas também beneficia os preços dos contratos futuros. De acordo com o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo operacional referente ao mês de agosto, para o milho de alta tecnologia, apresentou crescimento de 0,65%.
Para produzir um hectare, o produtor terá que desembolsar pelo menos R$ 15 a mais, elevando o custo para R$ 2.353,80. Dentre as despesas que mais aumentaram, estão os custos com corretivo do solo, devido à relação de oferta e demanda e aumento do frete, aliada à alta nas despesas com fertilizantes, em reflexo da valorização do dólar
Diante dessa conjuntura, o boletim alerta que o produtor deve se atentar ao bom gerenciamento das despesas e aproveitar as oportunidades de negócios, para então viabilizar a próxima safra.
Preço do Milho
O preço do cereal mato-grossense encerrou a semana com queda de 2,93%, e cotação média de R$ 22,55 a saca, impactado pela baixa na bolsa brasileira, B3.
Ainda em reflexo do relatório de oferta e demanda do USDA, a cotação do milho na CMEGroup para julho de 2019 fechou a semana com recuo de 0,97% e cotação média de US$ 3,76/bu.
Pequena queda
O dólar fechou a semana com queda de 1,12%, em consequência das perspectivas quanto as eleições brasileiras, em conjunto com o alívio do mercado externo em relação a guerra comercial entre os EUA e a China.
Com a desvalorização nas cotações do dólar e do milho em Chicago para julho de 2019, a paridade de exportação exibiu variação negativa de 6,07%, porém ainda está R$ 8,11/sc acima se comparado com o mesmo período do ano passado.