Thielli Barros
Recorrente nas áreas mais periféricas, os buracos de rua também aparecem no centro da cidade
Não é difícil achar um buraco nas ruas de Cuiabá. Quem dirige na cidade que o diga. Não dá para dizer com precisão se o asfalto é muito frágil ou se as medidas paliativas não são suficientes para solucionar o problema. Ou se as duas coisas é que complicam tudo.
Mas quem já teve o carro deteriorado por um desses vilões das vias sabe bem como é difícil reverter o prejuízo. É o caso de Thielli Barros, que teve o carro danificado ao sair do trabalho na segunda-feira (27) e colidir com um buraco na rua engenheiro Edgar Padro Arze, no Centro Político Administrativo (CPA). No caso dela, uma boca de lobo no meio do caminho teve a mesma função de um buraco no pavimento.
“Eles colocaram galhos de árvore dentro e um tijolo na frente, mas como ali era bem escuro, eu não consegui ver.”, explicou ela, que deve ficar sem carro nos próximos dias. O veículo teve o radiador furado e o para-lamas danificado.
Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Obras Públicas identificou cerca de 44 mil buracos no pavimento da cidade. Para tentar solucionar a questão, o Município chegou a fazer 150 ações nos bairros, segundo a assessoria, mas não há informações sobre quantos buracos foram tapados.
A chamada “Operação Tapa Buraco” teve início em janeiro deste ano e o compromisso, segundo o prefeito Emanuel Pinheiro, é mitigar todas as falhas identificadas pela Secretaria. Até que isso aconteça, no entanto, acidentes como o de Thielli podem continuar ocorrendo.
“Eu ainda preciso saber quem é o responsável pelo buraco no bueiro, porque eu imaginei que era o pessoal da companhia de água que deixou sem tampa. Eu quero ter o prejuízo ressarcido, porque afinal não foi culpa minha estar aberto ali, já que além de aberto está mal sinalizado”, criticou ela.