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UFMT informa que está “escolhendo” quais despesas pagar e precisa de R$ 14 milhões

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UFMT informa que está “escolhendo” quais despesas pagar e precisa de R$ 14 milhões

Ednilson Aguiar/O Livre

UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso

Campus da UFMT em Cuiabá

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (21), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) informou que precisa de R$ 14 milhões para arcar com custos de manutenção até dezembro deste ano. “Nosso cotidiano (…) é escolher despesas que serão pagas”, informou a universidade.

Além da UFMT, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) têm denunciado que estão em situação crítica devido a retenção orçamentária por parte do governo federal.

Campus e cursos novos

O problema, pontua a UFMT, colabora para que áreas como manutenção, vigilância, iluminação, limpeza, essenciais para o funcionamento da instituição, fiquem prejudicadas. A retenção dos repasses também afeta a expansão do campus de Várzea Grande e dos cursos de Medicina em Rondonópolis e Sinop. 

A universidade enfatiza que, desde 2014, em termos orçamentários, perdeu 50% dos recursos de capital (para obras e aquisição de equipamentos) e 20% dos recursos de custeio (manutenção, despesas básicas), “sem contar a inflação”. “Hoje temos uma situação em que, o orçamento aprovado, mesmo sendo defasado, não está sendo liberado integralmente”, cobrou.

Despesas regulares

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Emmanuel Tourinho, destacou que os valores de custeio previstos para este ano para as universidades não são suficientes nem mesmo para as despesas regulares com energia, vigilância, limpeza, bolsas para os alunos de baixa renda e serviços de manutenção das instalações.

“Não será possível manter as instituições funcionando adequadamente se esse quadro não for rapidamente alterado. Os valores liberados até agora só garantem o funcionamento das instituições até setembro”.

Ministério da Educação

Questionado pela Agência Brasil, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse na semana passada que a meta é liberar 100% dos valores para custeio até o fim do ano. “Estamos no meio do exercício, e as liberações ocorrerão gradualmente, ao longo dos próximos meses, até dezembro. Então, posso tranquilizar as universidades federais de que os recursos serão liberados”.

De acordo com o MEC, neste ano já foram liberados R$ 4,8 bilhões para limite de empenho das universidades federais. Segundo o ministro, os problemas financeiros enfrentados pelas universidades muitas vezes decorrem de má gestão.

“Em muitas situações de universidades federais há divergência e desequilíbrio do ponto de vista de capacidade gerencial. Algumas universidades não enfrentam problemas e dificuldades, porque elas são competentes, capazes e qualificam melhor suas gestões”, relatou.

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