Mato Grosso

Stopa vira réu por suposta fraude de R$ 1,6 milhão em serviço de coleta de lixo

Juiz Jean Garcia, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, acatou denúncia do MPE com base em auditoria de 2016; prefeitura diz que caso está arquivado

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Stopa vira réu por suposta fraude de R$ 1,6 milhão em serviço de coleta de lixo
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa, se tornou réu no processo com indícios de fraude de R$ 1,6 milhão em contrato assinado com a empresa Ecopav Construção e Soluções Urbanas com a Secretaria de Serviços Urbanos.  

Stopa é investigado junto com outros três servidores. O contrato fora assinado para prestação de serviços de coleta de lixo. 

A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso foi acatada nesta quarta-feira (26) pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra. O processo se baseia na análise das contas públicas de 2016 de Cuiabá. 

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta graves irregularidades nos atos de gestão no setor limpeza pública, no contrato com a Ecopav. Por exemplo, cláusulas sobre os serviços a serem prestados e a fiscalização deles não constaram no documento. 

Também teria sido feito pagamento pela mão de obra de coletores e motoristas em valor maior do que a quantidade de trabalhadores comprovada pela empresa. 

O promotor de Justiça Sérgio da Silva Costa, autor da denúncia, pediu que a Justiça condene José Roberto Stopa e outros servidores – José Abel do Nascimento, Elzio José da Silva e José Marcos Barbosa – a pagar R$ 1,6 milhão de fraude identificado na investigação e à perda das funções públicas. 

O que diz a prefeitura?

Em nota, a Prefeitura de Cuiabá informou que o vice-prefeito José Stopa ainda não foi comunicado sobre a aceitação do processo pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, mas que prestará esclarecimento à Justiça sobre o caso. 

“De imediato, o gestor assegura que o processo de contratação da empresa para prestação do serviço de coleta de lixo foi desenvolvido com total lisura, transparência, e respeitando a legislação que rege tal procedimento”, diz trecho da nota.   

 Diz ainda que em junho deste ano o TCE determinou o arquivamento de um processo que investigava as mesmas irregularidades encontradas em 2016. O julgamento teria ocorrido por unanimidade. 

“Dessa forma, o gestor afirma a sua total confiança de que o fato também será esclarecido no MPE e de que novamente será absolvido”, complementa. 

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