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Sindicato defende secretário de acusações feitas por Mauro Zaque

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Sindicato defende secretário de acusações feitas por Mauro Zaque

Ednilson Aguiar/O Livre

secretário Rogers Jarbas

O Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepol) saiu em defesa do secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, no caso dos grampos telefônicos conhecidos como “barriga de aluguel”. O promotor Mauro Zaque de Jesus, responsável pela denúncia que deu início às investigações, afirmou em ofício que Rogers estaria realizando “armações” e “ações rasteiras” contra ele.

Para o sindicato, as ações do promotor seriam “midiáticas”. O Sindepol afirma que o secretário tem conduta e reputação ilibadas enquanto delegado de polícia e defende que as investigações sejam realizadas “com todo esmero e sigilo necessários”.

Rogers é investigado por determinação do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O secretário é suspeito de agir para obstruir as investigações contra membros da cúpula do governo estadual no caso dos grampos, em duas ocasiões.

O secretário convocou a delegada Alana Cardoso para interrogatório em maio na Sesp. A ação teria sido feita sem observância dos devidos trâmites e Rogers teria feito questionamentos, inclusive sobre o promotor, sendo que como secretário ele não teria foro para investigar um membro do Ministério Público Estadual (MPE).

Alana foi responsável por investigações na Operação Forti, que apurou que interceptações ilegais teriam sido feitas a pedido do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques. A publicitária Tatiana Sangalli, ex-amante dele, e Caroline Mariano dos Santos, sua ex-secretária, tiveram telefones interceptados.

Além disso, Perri também busca apurar se o secretário encaminhou uma cópia do inquérito sigiloso que investiga a possível participação do ex-secretário no caso. Rogers nega qualquer ato ilícito.

O inquérito contra Rogers Jarbas é conduzido pela delegada Ana Cristina Feldner, que também apura outros fatos no caso dos grampos.

A nota é assinada pelo presidente do Sindepol, delegado Wagner Bassi Júnior. “Somos contra, somente, ataques políticos e midiáticos, os quais apenas têm objetivo pessoal, sem interesse para a sociedade”, escreveu o presidente do sindicato.

O caso
As interceptações telefônicas conhecidas como “barriga de aluguel” teriam sido realizadas por militares de Mato Grosso contra diversas autoridades e profissionais do Estado. Telefones da deputada estadual Janaína Riva (PMDB), dos advogados José Antônio Rosa e José do Patrocínio, do desembargador aposentado José Ferreira Leite, do jornalista José Marcondes “Muvuca”, entre outros, teriam sido interceptados ilegalmente no caso.

Os números foram inseridos em diversas operações policiais com as quais as pessoas interceptadas não guardavam qualquer relação.

Mauro Zaque afirma que o governador Pedro Taques (PSDB) tinha conhecimento das escutas, o que é negado pelo chefe do executivo.

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