Principal

Silval Barbosa delatou esquemas com mais de 90 empresas de MT

3 minutos de leitura
Silval Barbosa delatou esquemas com mais de 90 empresas de MT

Ednilson Aguiar/O Livre

Silval Barbosa

Ex-governador citou esquemas envolvendo 91 empresas: maioria, seria de pagamento de propina para obter benefícios fiscais junto ao Estado

O ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB) citou, ao longo de sua delação premiada fechada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), relacionamentos com 91 empresas, a maioria delas envolvidas em esquemas de corrupção. A informações foram prestadas por Silval no âmbito da Operação Ararath e envolvem empresas do ramo da construção, setor atacadista, gráficas, setor de energia, entre outros.

O levantamento mostra o amplo espectro de grupos empresariais envolvidos nos esquemas delatados. A lista revela todas as empresas citadas pelo político, mas não quer dizer que todas elas em algum momento fizeram alguma espécie de negociação espúria com Silval e seu grupo. Boa parte delas, no entanto, teve o nome relacionado a algum escândalo.

Silval afirma que alguns dos esquemas tiveram início ainda na gestão do ex-governador de Mato Grosso e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP). Maggi nega e diz que Silval usou seu nome para se livrar da prisão.

O caso mais emblemático é o do Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande. O grupo é formado por CAF Brasil, CR Almeida, Santa Bárbara Construções, Magna Engenharia, Astep Engenharia, Cohabita Construções, Todeschini Construções e Terraplanagem, Constil Construções e Terraplanagem, além da antiga Multimetal Engenharia de Estruturas, atual Indústria Metalúrgica BL Steel – ligada ao ex-deputado José Riva (sem partido).

O ex-governador narra que R$ 18 milhões foram pagos ao grupo liderado por ele para que o contrato com o Estado fosse mantido. O valor correspondia a 3% do valor da obra e serviu para o pagamento de dívidas de campanha do grupo político do Silval, além de abastecer outros esquemas.

Malebolge
Durante a deflagração da Operação Malebolge, realizada a partir dos depoimentos de Silval, a Polícia Federal realizou busca e apreensão em endereços da Concessionária Morro da Mesa, da construtora Tripolo e também do deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD).

Silval afirma ter recebido R$ 7 milhões para assinar a concessão da MT-130 à Morro da Mesa. O ex-governador diz ter pedido a propina, que teria sido paga pelo deputado. O trecho de 122 quilômetros entre Rondonópolis e Primavera do Leste da MT-130 tem pedágios, nos quais o deputado pretendia recuperar o investimento.

Nininho nega ter pagado a propina e diz que nunca participou do conselho da Morro da Mesa ou tomou decisões na empresa.

O ex-governador conta que utilizou parte dos valores recebidos para o pagamento de uma dívida com o empresário Jurandir da Silva Vieira, proprietário da Solução Cosméticos. 

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes