Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), por dois mandatos consecutivos, Francisco Anis Faiad é um dos mais conceituados advogados de Mato Grosso. Seu escritório é uma referência no Estado nas áreas criminal, eleitoral e trabalhista.

Apontado pelo Ministério Público como suspeito de recebimento de propina à época em que era secretário de Estado de Administração de Silval Barbosa, Faiad fazia a defesa de acusados de corrupção em outras fases da operação em que foi preso, a Sodoma.

Recentemente assumiu a presidência do PMDB de Cuiabá, no lugar do também advogado Clóvis Cardoso, que foi indicado à diretoria no Incra, em Brasília. O ex-dirigente da OAB sempre aliou a militância política com a advocacia, além de dar aulas em universidades particulares. Seu último cargo na vida pública, procurador-geral da Câmara de Cuiabá, terminou junto com a operação. Ele pediu exoneração após ser preso.

Natural de Apucarana (PR), com 53 anos recém-completados e casado, Faiad mantinha uma boa convivência com os colegas de profissão, com jornalistas e pessoas do seu convívio diário, além disso mantinha uma boa relação com os cuiabanos, pois, além de corintiano, é torcedor do Dom Bosco.

 

1 – Homem de partido

Arte sobre fotos Secom/MT

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Militante do PMDB, Faiad exercia liderança desde os anos 1990, quando foi eleito vereador por Alta Floresta. No partido, mantém boa relação em todos os níveis, desde o cacique Carlos Bezerra (PMDB) até novatos na sigla, como o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro.

 

2 – Sucesso rápido

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Mudou-se para Cuiabá em 2001, quando abriu seu escritório de advocacia. O crescimento foi rápido. O escritório ganhou causas importantes e reconhecimento. O crescimento do profissional se tornou ainda mais evidente quando, por dois mandatos consecutivos, até 2009, comandou a OAB.

 

3 – Cacique da OAB

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Após os mandatos, tornou-se figura de grande influência sobre a entidade. Conseguiu, junto com o seu grupo, eleger um sucessor, o advogado Cláudio Stábile. Depois, apoiou o sucessor de Stábile, Maurício Aude e, mais recentemente, o atual presidente,  Leonardo Campos.

 

 

4 – De volta à política

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De forma paralela à atuação na advocacia, e até mesmo pelo destaque na profissão, Faiad volta a se aventurar na política. Em 2012, foi candidato a vice-prefeito de Cuiabá, na chapa encabeçada pelo ex-vereador Lúdio Cabral (PT). Não obteve sucesso no pleito, mas deixou o nome mais em evidência.

 

5 – Secretário

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Em 2013, assumiu a Secretaria de Estado de Administração (SAD), na gestão Silval Barbosa (PMDB). Em 2014 disputou, novamente sem sucesso, uma vaga na Assembleia Legislativa. Conseguiu apenas 10.042 votos.

 

6 – Escudeiro

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Se não decolava no campo eleitoral, Faiad via sua carreira em alta. Assumiu a defesa de Silval Barbosa também na área criminal. Antes, era advogado do ex-governador apenas no campo eleitoral.

 

7 – Na Câmara

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 Nos últimos 20 dias, estava à frente da procuradoria-geral da Câmara, por indicação do presidente da Câmara, Justino Malheiros (PV), cargo do qual se despediu melancolicamente na terça-feira (14), com um pedido de exoneração, manuscrito direto da prisão. 

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