Dois servidores estaduais da Casa Civil foram afastados dos cargos por suposto envolvimento com os casos grampos telefônicos ocorridos durante a gestão do ex-governador Pedro Taques.
Ambos são alvos de uma operação deflagrada nesta quarta-feira (15) pela Polícia Civil. A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos servidores identificados como Rosinaldo Nunes de Almeida e Rosângela da Silva Oliveira.
Informações iniciais são de que os investigados estariam ligados à fraude no registro de documento que informava ao governo, na época, sobre a existência de uma central de interceptação telefônica ilegal, no Palácio Paiaguás, com participação da Polícia Militar.
A adulteração foi identificada pela Controladoria Geral do Estado (CGE). Conforme o órgão, o documento com a denúncia de esquema foi protocolado na Casa Civil às 10h26 do dia 14 de outubro de 2015, em ofício com o número 542635.
O caminho real do documento, após a entrada na Casa Civil, teria sido a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e, na sequência, o Gabinete do Governo.
Porém, o sistema de protocolo da Casa Civil registrou rota diferente. O histórico aponta um documento com a mesma numeração e protocolado na mesma data, tendo como remetente a Câmara dos Vereadores de Juara e como destinatário Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).
Na ordem de cumprimento de mandados, a Justiça determinou que Rosinaldo Nunes de Almeida seja afastado de suas funções e não tenha contato com o ex-governador Pedro Taques.