Mário Friedlander/Divulgação
As belezas naturais de Chapada dos Guimarães emprestam o seu charme para a gravação de uma telesérie de ficção dramática produzida para ser disponibilizada a todas TVs públicas do Brasil. Dividida em 13 episódios de 26 minutos cada, “Insustentáveis” conta a história de um grupo de amigos e familiares que decide abandonar a vida urbana para formar uma comunidade auto-gerida em meio à natureza.
Resultado de uma parceria entre as produtoras Cérberos Filmes e Vermelho Filmes, a série deverá ser concluída até março do próximo ano, para, a partir daí, passar a ser exibida em todo o território nacional.
“Com muita base teórica, mas pouca experiência prática, eles terão que aprender a dominar a natureza externa e interna: desde cultivar uma horta até controlar seus instintos mais brutos, com o intuito de tornar tolerável uma convivência social tão intensa. Combinando drama e humor, ‘Insustentáveis’ vai acompanhar o dia-a-dia desse grupo que tem ideias muito distintas sobre todos os assuntos que o afeta: governança, alimentação, drogas e educação. Eles vão colocar em xeque suas ideologias e desejos pessoais com muito amor e bom humor para provar que a utopia é possível com algum jeitinho”, consta na sinopse.
O projeto foi contemplado com recursos no valor de R$ 1,89 milhão, por meio do edital público do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro (Prodav), voltado à região Centro-Oeste.
De acordo com a produtora-executiva da série, Mylena Mandolesi, as gravações tiveram início no dia 14 de agosto. “Escolhemos este período pelo fato de ser época de seca, que é melhor para as filmagens”, explicou.
Segundo ela, em determinados dias, o tempo de trabalho chega a ultrapassar 12 horas. “Tem sido uma grande experiência, desafiadora. Como o prazo é curto, a equipe toda tem se desdobrado para garantir a fluidez do trabalho”, disse. A equipe toda é formada por 70 profissionais.
Locação
A série é filmada na Reserva do Jamacá, a sete quilômetros do centro de Chapada dos Guimarães. A locação escolhida é uma área pertencente ao fotógrafo e ambientalista Mário Friedlander, instalado na região desde a década de 1980.
De acordo com Mylena, o espaço foi o escolhido após sugestão de um dos sócios da Cérberos, Perseu Azul, que conhece Friedlander. O local conta com quilômetros de mata nativa, além de uma bela cachoeira e construções rústicas, como uma casa feita de adobe, onde reside o fotógrafo.
“O espaço veio bem ao encontro do cenário que imaginávamos para o filme, e além disso, em termos de logística, também favorece”, explicou Mylena. As gravações seguem até o dia 30 deste mês. Depois, passam pelas etapas de montagem, trilha sonora e edição final.