Mato Grosso

Selma se diz descartada pelo Estado: “Aposentou, joga fora”

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Selma se diz descartada pelo Estado: “Aposentou, joga fora”
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A juíza aposentada Selma Rosane Arruda (PSL) recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso para restabelecer a escolta armada que a acompanhava desde que atuou na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Na segunda-feira (21), a Comissão de Segurança do Tribunal decidiu suspender a segurança fornecida à pré-candidata ao Senado.

“Não é pelo fato de você aposentar que você sai da lista de juízes ameaçados. Pelo contrário, o fato de você aposentar não faz de você um ser descartável. Aposentou, joga fora”, disse à Capital FM, nesta terça-feira (22).

Selma ainda lamentou o fato de que a decisão de retirar a escolta foi tornada pública. “Tornar público o fato de que uma pessoa não tem mais qualquer tipo de proteção é quase um crime. É como me botar numa jaula de leões, esperando que eu seja executada”, afirmou.

A magistrada aposentada lembrou os casos de dois ex-integrantes de instituições do sistema Judiciário que deixaram seus cargos para disputar cargos eletivos e continuaram contando com a proteção armada bancada pelo Estado. Entre eles está o governador Pedro Taques (PSDB).

“Nós temos o juiz Odilon de Oliveira, que é candidato a governador no Estado de Mato Grosso do Sul, tem o direito à escolta reconhecido, inclusive, pelo CNJ [Conselho Nacional de Justiça]. Nós temos o próprio governador atual, Pedro Taques, que quando foi candidato ao Senado ele também teve direito à escolta porque tinha um histórico de ameaças”, lembrou a pré-candidata.

Selma Arruda afirmou ter recebido ameaças recentemente. A última delas teria ocorrido na sexta-feira (18) em razão de um caso julgado por ela enquanto ainda estava na 7ª Vara Criminal.

“Eu recebi várias ameaças em razão da função que eu exerci, inclusive algumas muito recentes. A última delas aconteceu na última sexta-feira e é ligada a um fato ocorrido quando eu estava na 7ª Vara que foi a exoneração de um policial, não vou dar detalhes porque isso está sob investigação do GCCO”, disse.

Em março ela teria sido informada pela Corregedoria do Tribunal de Justiça de que o Comando Vermelho estaria comprando armamento, cercando sua casa e monitorando seus hábitos a fim de realizar um ataque.

“Eu sacrifiquei anos da minha vida, eu sacrifiquei minha convivência familiar, eu não saio para lugar nenhum. E, aliás, as atividades que eu estou tendo agora são atividades de palestra e fazendo reuniões fechadas. Eu não sei de onde tiraram que eu estou tendo compromissos públicos ou quebrando algum tipo de protocolo”, afirmou.

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