O sargento da Polícia Militar Marcos da Rocha Teixeira, 43, que teve o direito de porte de arma suspenso por matar um suspeito que invadiu sua casa, também responde por uma série de acusações e crimes. Os antecedentes criminais pesaram contra ele durante audiência de custódia realizada nessa quarta-feira (14), na qual o sargento teve a arma apreendida, mas poderá responder em liberdade.
O sargento também foi afastado de suas tarefas e deve realizar apenas trabalhos administrativos no 10ª Batalhão da Polícia Militar, onde atua. Em 2013, Teixeira foi acusado de ter matado o ex-PM Leonil Armando de Figueiredo. Ele foi absolvido pela Corregedoria da PM, mas ainda responde à acusação feita pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Em julho de 2016, Marcos Teixeira foi acusado de ter agredido a mulher, L.B.A., durante uma briga em um bar. A acusação foi feita pela dona do bar. A proprietária disse que a vítima foi agredida com uma garrafa de refrigerante e foi ameaçada com uma arma pelo marido.
Casa invadida
Na noite desta terça-feira (13), por volta das 19 horas, a casa de Marcos da Rocha Teixeira teria sido invadida por um homem que portava uma arma de fogo. O sargento reagiu à invasão e alvejou o suspeito com um tiro na cabeça. Disparo que, segundo ele, foi em legítima defesa.
Quando a Polícia Militar chegou ao local, o sargento foi levado como vítima do crime para a Central de Flagrantes. Mais tarde, quando constatada a morte do suspeito, Teixeira foi reconduzido para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi identificado como suspeito.
“Eu estava na área da minha casa, sentado na cadeira, olhando o celular. Minha esposa estava na piscina com o meu netinho e o meu filho estava andando de bicicleta no corredor da casa e, de repente, o cara pulou. Eu nem tinha visto, minha esposa que gritou”, contou ele, em entrevista ao LIVRE, por telefone.
“Quando eu levantei a cabeça, vi o cara com a arma na mão. Eu levantei da cadeira e peguei minha arma que estava no armário da cozinha, que fica na área mesmo. Puxei a arma e apontei para ele e falei ‘Parado! Parado!’. Foi só um disparo”, declarou.
O militar disse sentir receio pela sua vida e pela vida de seus familiares. Enquanto prestava depoimento na Delegacia, o sargento disse que sua casa era vigiada por três homens suspeitos. Ele diz que planeja alugar outro imóvel em outro bairro, para garantir segurança aos familiares.