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Relembre os principais políticos que estiveram à frente do mundial

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Relembre os principais políticos que estiveram à frente do mundial

Ricardo Stuckert/PR

Os então governadores Aécio Neves (MG) e Blairo Maggi (MT) com o então presidente Lula na Suiça, em 2007, no anúncio de que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014

Os governadores Aécio Neves (MG) e Blairo Maggi (MT) com o presidente Lula na Suíça,
em 2007, depois do anúncio de que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014

Quando Cuiabá foi escolhida uma das 12 cidades que sediariam, em 2014, um dos maiores eventos esportivos do planeta, a Copa do Mundo de Futebol, um clima de euforia se estendeu pela capital.

No dia 31 de maio de 2009, um domingo, data da confirmação, a capital parou. Moradores tomaram as principais ruas em comemoração, políticos desfilaram em trios elétricos. Havia um sentimento de retomada do orgulho, sobretudo após a disputa vencida contra Campo Grande (MS), que também tinha o Pantanal como slogan e almejava ser a representante do Centro-Oeste no mundial. O tempo de mudança havia chegado e a ideologia desenvolvimentista do ex-presidente Juscelino Kubitschek, de avançar 50 anos em 5, nunca havia feito tanto sentido.

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), teleféricos na Chapada dos Guimarães, trincheiras, elevados, Arena multiuso, transformação em toda a mobilidade urbana e dinheiro, muito dinheiro para custear todos os benefícios à cidade passaram a figurar junto ao imaginário popular e a dominar os assuntos do noticiário. No entusiasmo pelo evento –  símbolo máximo de uma paixão nacional –  e pela propaganda que ele carregava, nada parecia ser mais importante. Escolas, hospitais, saneamento básico podiam esperar. E ai de quem fosse contra. “Profetas do pessimismo”, diziam.

Exatamente três anos após a estreia da Arena Pantanal na Copa (Chile 3 x1 Austrália), muito não saiu conforme o planejado. Alguns dos principais personagens desse capítulo recente da história regional continuam aí, com desfecho mais ou menos feliz. Relembre:  

Blairo Maggi

Secom-MT

Blairo comemora escolha de Cuiabá como sede da Copa de 2014

Blairo comemora a escolha de Cuiabá como sede da Copa: ruas lotaram para o anúncio


Empresário do agronegócio, Blairo Maggi (PP) foi um dos principais responsáveis por trazer a Copa do Mundo para Cuiabá. Em 2007, na condição de governador de Mato Grosso pelo segundo mandato, Maggi fez parte da comitiva de autoridades, liderada pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), a estar presente na solenidade na sede da Fifa, em Zurique, que selou o Brasil como país sede da Copa do Mundo de 2014.

A presença de Blairo já anunciava suas intenções: fazer de Cuiabá uma das cidades a receber os jogos do Mundial, o que significaria a viabilização de financiamentos de bilhões de reais com o governo federal para obras, sobretudo de mobilidade urbana, além de uma vitória política sem igual.

Depois da definição de se privilegiar todas as cinco regiões do país com a escolha de pelo menos uma cidade, logo se iniciou uma disputa entre a capital mato-grossense e Campo Grande (MS), para ver qual seria a representante do centro-oeste, e do Pantanal. A boa relação de Maggi com Lula e Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pesou e, no dia 31 de maio de 2009, com muita festa, Cuiabá foi escolhida como uma das 12 sub-sedes da Copa de 2014.

Prestigiado, Maggi se licenciou do cargo em meados de 2010 para iniciar sua campanha para o Senado e foi eleito com mais de um milhão de votos. O vice Silval Barbosa (PMDB), que havia assumido o posto como chefe do Executivo e contado com forte apoio do ex-governador, também foi eleito, agora com o discurso de dar continuidade ao legado do antecessor.

Às voltas com a Justiça por acusações de improbidade administrativa e lavagem de dinheiro, Blairo, neste ano, chegou a ter R$ 403 mil dos bens bloqueados, contudo, não responde a nenhum processo judicial relacionado à Copa.

No final de março, ele também foi acusado pelo ex-deputado estadual José Riva (PSD) de ter comandado um esquema de distribuição de propina (espécie de mensalinho) a deputados estaduais, enquanto ocupava o cargo de governador. Afirmando estar com a “consciência tranquila”, Blairo nega as acusações, sob o argumento de que o Executivo, no caso o governador, não tem qualquer ingerência na execução orçamentária da Assembleia Legislativa.

Com a chegada de Michel Temer (PMD) à presidência da República depois do impeachment de Dilma Rousseff (PT), o senador passou a ser o novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde maio de 2016.

José Geraldo Riva 

Secom-MT

Blairo comemora escolha de Cuiabá como sede da Copa de 2014

Eder, Silval, Riva, Maluf e Sérgio Ricardo viajaram para Portugal para conhecer o VLT 


Se Blairo Maggi foi o grande protagonista em trazer a Copa do Mundo para Cuiabá, o ex-deputado estadual José Geraldo Riva (PSD) foi um dos maiores responsáveis pela articulação política e comoção popular que resultaram na escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como o modal de transporte pensado para a capital.

Como presidente da Assembleia Legislativa à época, Riva teve embates com o ex-governador Silval Barbosa, que já havia se decidido pelo corredor exclusivo para ônibus, o BRT, um sistema mais simples e quase três vezes mgais barato que o VLT (orçado originalmente em R$ 1,47 bilhão).

Criou-se no período uma polarização entre os favoráveis e os contrários ao modal. Pela cidade, paineis com a imagem de Riva junto ao VLT foram espalhados. Silval optou em não comprar briga com a Assembleia Legislativa liderada por Riva. Detalhes técnicos acabaram subestimados e vieram os vagões, a desfilar pelas ruas de Cuiabá e Várzea Grande.

Deputado estadual por cinco mandatos consecutivos, Riva foi preso pela primeira vez em maio de 2014, durante a operação Ararath, da Polícia Federal, mas foi solto poucos dias depois por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). No ano seguinte, foi preso três vezes por acusações relacionadas a desvio de verbas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Réu em mais de 100 processos judiciais, o ex-deputado estadual conseguiu a liberdade em abril de 2016, após passar 185 dias preso e decidir colaborar com a Justiça. Desde então, já realizou duas confissões de participação em esquemas criminosos da Assembleia, implicando ainda outros 33 deputados, além do ministro da Agricultura Blairo Maggi. Neste ano, Riva sofreu duas condenações, que somam 43 anos de reclusão.

Silval Barbosa

Secitec-MT

Silval e Riva vistoriam o VLT

Silval e Riva vistoriam um dos vagões do VLT


Mesmo diante de boletins técnicos que apontavam atraso no andamento das obras, o então governador Silval Barbosa não deixava de esbanjar otimismo, chegando a classificar os que criticavam o governo como “profetas do pessimismo”. 
Preso preventivamente desde setembro de 2015, ele acompanhou toda a preparação e execução das obras da Copa em Cuiabá. Em janeiro de 2015, na cerimônia de posse de Pedro Taques como chefe do Executivo, Silval se mostrou satisfeito com o trabalho realizado como governador. “Não fiz tudo o que gostaria, mas estou satisfeito com o que fiz”, pontuou.

Acusado de envolvimento em um esquema de fraudes de licitação, irregularidades no pagamento de propinas e desvio de recursos públicos, Barbosa, em carta, admitiu a possibilidade de confessar os crimes a que responde. A estratégia deverá ser um meio de atenuar suas penas. O Ministério Público Estadual (MPE), em duas ações relacionadas à Operação Sodoma, pediu 75 anos de reclusão a Silval. Um novo depoimento do ex-governador é aguardado para o dia 5 de julho.

Eder Moraes

Secom-MT

Silval Barbosa e Eder Morais

Silval Barbosa e Eder Moraes durante os preparativos para a Copa do Mundo

Influente nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa, o ex-secretário de Estado Eder Moraes Dias coleciona prisões e solturas nos últimos anos, devido aos processos judiciais a que responde. Vaidoso e de língua afiada, sua atuação nas gestões foram marcadas por polêmicas e embates. 

Em abril de 2011, ao assumir a presidência da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo (Agecopa), que posteriormente se transformou na Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), prometeu “não decepcionar” e logo bateu de frente com membros da diretoria da então Secretaria.

Uma de suas primeiras medidas foi baixar portaria que garantia somente a si a autonomia para discorrer oficialmente sobre o andamento das obras da Copa. A estratégia visava silenciar o ex-deputado estadual Carlos Brito (PSB), que, na condição de diretor de Infra-Estrutura da Secopa e reticente quanto ao VLT, criticava o projeto. Brito acabou exonerado em setembro daquele ano.

Eder Moraes, por sua vez, ocupou o cargo até abril de 2012, quando foi exonerado por Silval Barbosa, que se encontrava sob pressão de deputados estaduais e membros do Tribunal de Contas (TCE) para demití-lo. Naquele momento, Eder era apontado como o responsável em vazar a informação de uma suposta compra de vaga no TCE envolvendo o ex-conselheiro Alencar Soares e o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo.

Nas eleições de 2012, mesmo sem nenhum cargo eletivo, Eder decidiu apoiar Lúdio Cabral (PT), chegando a contratar um assessor de imprensa. Reportagens com suas alfinetadas contra o projeto político do adversário do petista, Mauro Mendes (PSB), disputavam espaço na imprensa local.

Eder já foi condenado três vezes pela Justiça Federal, acumulando 91 anos e 11 meses de reclusão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e por operar instituição financeira sem a devida autorização. Preso cinco vezes, encontra-se em liberdade, com tornozeleira eletrônica, desde outubro do ano passado, beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Rowles Magalhães

Reprodução

Propaganda eleitoral de Rowles Magalhães

Um dos poucos registros públicos de Rowles Magalhães: a campanha eleitoral

Assessor especial do governo de Silval Barbosa. “Especialista em VLT”. Lobista. Em agosto de 2012, Rowles Magalhães Pereira da Silva passou a figurar nas manchetes dos jornais e sites de notícia de Mato Grosso com a revelação de suposta fraude na licitação para a escolha da empresa responsável pela implantação do VLT.

A informação de Rowles era de que representantes da empresa CR Almeida, uma das empreiteiras que compõem o consórcio vencedor (Consórcio VLT), havia oferecido R$ 80 milhões em propina para funcionários do governo do Estado no intuito de faturar a licitação da obra, orçada em R$ 1,47 bilhão. Em março de 2014, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu arquivar a investigação por falta de provas.

No mesmo ano, Rowles concorreu a deputado federal pelo Solidariedade (SD) na eleição e não obteve sucesso. Na prestação de contas, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda desaprovou a contabilidade da campanha. Rowles, desde então, saiu de cena e tem optado pelo silêncio.

Maurício Guimarães

Secom-MT

Maurício Guimarães

O ex-secretário Extraordinário da Copa, Maurício Guimarães: otimismo.

 

Investido no cargo de secretário Extraordinário da Copa em 2012, após a demissão de Eder Moraes, o engenheiro Maurício Guimarães foi, até o final de 2014, o principal porta voz do governo sobre questões relacionadas às obras da Copa. No comando da Secopa, assim como seu chefe Silval Barbosa, marcou-se pelo otimismo e pela esperança de que tudo daria certo, apesar de as evidências demonstrarem o contrário. 

Em meados de 2014, já perto do início do mundial, chegou a admitir que a cidade não ficaria estruturada conforme o esperado, porém, minimizou a questão, já que “o turista vai vir para cá pela festa, não para ver viaduto ou trincheira”, chegou a declarar à Folha de S.Paulo. Em depoimento à CPI das Obras da Copa no ano passado, Guimarães, contudo, admitiu falhas na condução da organização. “A gestão pública de Mato Grosso não estava preparada para um evento daquele tamanho. Tivemos inúmeras dificuldades para a gestão das obras”.

Servidor de carreira da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Guimarães foi cedido por Silval à Assembleia Legislativa no final de 2014, em um dos últimos atos administrativos do ex-governador. Em menos de 30 dias, no entanto, foi “devolvido” à Sefaz, onde se encontra atualmente. Ele responde a um processo na Justiça Estadual por improbidade administrativa, pela acusação de ter sonegado informações sobre o andamento das obras enquanto ocupava o cargo de chefe da Secopa.

Na Justiça Federal, Guimarães é alvo de uma ação por supostos transtornos causados pelas obras de implantação do VLT, do qual Silval também é réu. Eles e representantes de empreiteiras são cobrados pelo Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal a indenizar os cofres públicos em R$ 148 milhões.

Sérgio Ricardo

Ednilson Aguiar/Secom

Eder Moraes, presidente da Secopa, e Sérgio Ricardo, presidente da comissão da Assembleia que fiscalizava as obras da Copa

Sérgio Ricardo (à direita), presidia a comissão da Assembleia que fiscalizava as obras 

Enquanto esteve na Assembleia Legislativa, Sérgio Ricardo foi, ao lado de Riva, um dos principais entusiastas e defensores do VLT. Ele, inclusive, chegou a acompanhar Riva, Silval, Eder Moraes e o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) em um tour pela Europa, com a justificativa de conferir de perto o funcionamento de um VLT. “O Estado deve buscar investir na necessidade do povo”, argumentou à época.

Em maio de 2012, Sérgio Ricardo deixou a Assembleia Legislativa e tomou posse como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em janeiro deste ano, porém, foi afastado do cargo por determinação da Justiça pela acusação de ter comprado sua vaga no órgão com dinheiro obtido de forma ilícita. O dinheiro, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), teria tido origem num esquema de corrupção que teria contado com a participação do ex-governador Blairo Maggi.

A ação faz parte da Operação Ararath. Segundo o MPE, o valor da vaga seria de R$ 8 milhões. Sérgio Ricardo continua afastado do cargo, aguardando o julgamento do mérito da ação.

Yuri Bastos Jorge

Marcos Lopes/ALMT

Yuri Bastos Jorge depõe na CPI da Copa

Yuri Bastos Jorge prestou depoimento na CPI das Obras da Copa, na Assembleia

Durante a preparação de Cuiabá para a Copa do Mundo, uma revoada de ideias pretensamente arrojadas e inovadoras passou a compor toda uma atmosfera otimista. A Copa era encarada como a oportunidade derradeira de Cuiabá ganhar a atenção merecida, de deixar de ser considerada periférica, uma capital com ares de provinciana, para passar a ser vista como a grande aspirante a metrópole que é. Modernidade batia à porta.

Nessa onda ufanista que se formou, a classe política, liderada por alguns caciques influentes, encontrou o clima que precisava para contagiar a população com promessas entusiasmadas, mesmo que carentes de fundamento básico ou técnico – como o VLT, bancado ao custo de bilhões dos cofres públicos.

Algumas, contudo, por muito pouco não seguiram adiante. Como é o caso do teleférico em Chapada dos Guimarães. Endossada pelo ex-vereador por Cuiabá Yuri Bastos Jorge, então diretor de Assuntos Estratégicos da Secopa, a obra chegou a consumir R$ 579 mil dos cofres públicos, mas acabou abandonada por problemas no projeto, na licitação e na falta de licenciamentos ambientais.

Orçado em R$ 6 milhões, o teleférico seria composto por dois cabos de aço, se estendendo por 1.500 metros (entre o mirante da região da Pousada Penhasco à Serra do Atmã), por onde passariam 30 bondes, com capacidade para duas pessoas cada.

Exonerado da Secopa em fevereiro de 2012, Bastos chegou a ser condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) a restituir os cofres públicos no valor já pago ao teleférico, mas, no ano passado, o próprio TCE reformou a decisão, livrando o ex-secretário de Estado.

Yenes Magalhães

Secom-MT

Yenes

 Yenes, ex-presidente da Agecopa, defensor do BRT: exonerado por Silval. 

 

O ex-presidente da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo (Agecopa), que posteriormente se transformou na Secretaria da Copa (Secopa), Yenes Magalhães, teve uma passagem tumultuada à frente da autarquia especial. Defensor do corredor exclusivo para ônibus, o BRT, em detrimento do VLT, Yenes relatou ter sido desligado do cargo pelo governador Silval Barbosa de forma repentina, sem aviso prévio ou qualquer diálogo.

Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pela Assembleia Legislativa, Yenes afirmou que demonstrou ao ex-governador o problema econômico do VLT, que, segundo ele, precisaria de 15 mil passageiros/hora para se tornar viável. De acordo com Magalhães, a capital dispõe de 8 mil passageiros/hora. 

Atualmente lotado no Tribunal de Contas (TCE) como secretário executivo da ouvidoria, o ex-presidente da Agecopa, que foi sucedido no cargo por Eder Moraes, culpou o ex-deputado José Riva e Silval Barbosa como principais responsáveis pela escolha do VLT.

Mauro Mendes

Tchélo Figueiredo/Secom Cuiabá

Mauro Mendes em caminhada preparatória para a Copa do Mundo em Cuiabá

Mauro Mendes em caminhada preparatória para a Copa do Mundo em Cuiabá

Eleito em 2012, Mauro Mendes (PSB) foi o prefeito de Cuiabá durante a Copa do Mundo. Aliado de Blairo Maggi, procurou não confrontar o governo do Estado pelos atrasos nas obras. Em várias ocasiões, inclusive, acompanhou Silval Barbosa na inauguração de obras, tecendo elogios, como no caso do viaduto da Sefaz, popularmente conhecido como hot-wheels (em alusão às semelhanças com as miniaturas da marca de brinquedos).

“O trânsito caótico implica na redução da qualidade de vida e na eficiência do transporte. Esse viaduto que estamos recebendo hoje irá contribuir muito para a melhoria da mobilidade urbana de Cuiabá”, declarou na ocasião, durante a solenidade.

Em agosto de 2014, seis meses após a inauguração, o elevado foi interditado, após o flagra de fissuras na estrutura. A obra, que custou R$ 7,4 milhões, foi reinaugurada um ano depois.

Mendes, à época, chegou a afirmar que as obras em andamento até poderiam ser vistas positivamente pelos turistas, como um sinal de desenvolvimento da cidade. O atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), durante a campanha de 2016, chegou a chamar Mendes de omisso, em relação às obras de implantação do VLT.

Chico Galindo 

Secom-prefeitura de Cuiabá

Chico Galindo

 Prefeito de Cuiabá de 2010 a 2012, Galindo não se opôs ao governo.

 

Em 2010, o então prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) deixou a prefeitura para disputar a eleição para governador. Em seu lugar, assumiu o empresário Chico Galindo (PTB), seu vice. De perfil ameno, enquanto esteve no comando do Executivo municipal (até o final de 2012) não se opôs às obras em curso em Cuiabá e tentou alinhar o discurso ao do governo do Estado, de que as intervenções seriam necessárias e trariam benefícios futuros.

Neste domingo (11), Galindo anunciou que deixou provisoriamente a presidência da sigla no Estado. “Estarei me dedicando aos projetos da Fundação Ivete Vargas e organizando assuntos profissionais”, escreveu. O cargo será assumido pelo vice-presidente Alex Vieira Passos.

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