O dinheiro que Mato Grosso terá em caixa tende a encolher nas primeiras décadas do novo sistema tributário. O crescimento em torno 10% ao ano ocorrido nos últimos três anos cairá para até menos de 1% e quando voltar a subir ficará abaixo da média nacional.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projetou o tempo de 50 anos de impacto sobre a receita dos estados após a reforma. Mato Grosso vai encolher junto Amazonas, Mato Grosso do Sul e Roraima, por exemplo.
O Ipea calculou um efeito “conservador”, em que o crescimento é menor, e um efeito “otimista”, em que o crescimento alcança a estimativa mais alta. Nos dois casos, Mato Grosso fica pra trás da maioria dos estados.
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No cenário conservador, a receita dos estados cresceria em média de 1,5% ao ano enquanto Mato Grosso cresceria em torno de 0,9%. Se o desempenho for melhor que isso e atingir a variação maior, a média nacional seria de 2,5% e a de Mato Grosso 1,9%.
Para uma comparação, o governo de Mato Grosso diz que o investimento em serviços públicos do primeiro mandato e os que estão programados para este ano tem caixa em torno de R$ 4 bilhões ao ano. A quantia seria formada pelo crescimento da receita, dinheiro pago via impostos, de 10%.