O governador Mauro Mendes (União Brasil) e deputados estaduais divergem sobre a previsão orçamentária para o próximo ano.
A avaliação da equipe técnica da Assembleia Legislativa é que não haverá perda de receita. O projeto do governo, no entanto, estima que Mato Grosso arrecadará em torno de R$ 5 bilhões a menos.
Mauro Mendes tem dito que os sinais de recessão econômica mundial alertam para segurar as despesas.
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), e o governador Mauro Mendes fizeram uma reunião hoje cedo antes da sessão parlamentar.
“Ele pediu pra gente não mexer muito no Orçamento porque há a recessão dos Estados Unidos, a guerra entre Rússia e Ucrânia que nunca chega ao fim, e a possibilidade da China também ter um recuo”, disse Botelho.
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) em votação prevê a quantia de R$ 30 bilhões para 2023. A estimativa da Assembleia eleva a quantia para R$ 35 bilhões, considerando a margem supostamente subestimada.
O deputado Lúdio Cabral (PT) diz que a diferença da cifra pode ser ainda maior. Sua avaliação é que somente a receita líquida, parte do Orçamento, fique R$ 6 bilhões acima.
“Isso de partida, só contando com a inflação e os impostos como IPVA, ICMS. O governo mandou previsão de R$ 26 bilhões da receita corrente líquida, mas ela pode chegar a R$ 32 bilhões”, disse.
A margem de receita estimada pelo governo deve esquentar as discussões na Assembleia Legislativa na reta final do ano, porque ela mexe com a distribuição de dinheiro entre as secretarias e o duodécimo.