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Promotora afirma que transferências a deputados já são investigadas

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Promotora afirma que transferências a deputados já são investigadas

Ednilson Aguiar/O Livre

promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco

Promotora de Justiça, Ana Cristina Bardusco

A promotora Ana Cristina Bardusco afirmou que os valores supostamente recebidos por quatro deputados estaduais citados pelo ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi em depoimento na sexta-feira (28) já foram encaminhados à autoridade competente para investigá-los.

Cursi citou os nomes dos deputados estaduais Wagner Ramos (PSD), Guilherme Maluf (PSDB), Mauro Savi (PSB) e Romoaldo Júnior (PMDB). Também disse que R$ 700 mil foram pagos à ex-deputada e atual prefeita Luciane Bezerra (PSB). Todos negam qualquer envolvimento com esquemas criminosos.

“A transferência de sigilo bancário da SF [Assessoria] não é só em relação à quantia que faz parte dessa investigação [quarta fase da Sodoma]. A transferência é de toda a movimentação, ela vem e a gente utiliza a parte dessa e desmembra para as outras tantas investigações”, disse a promotora.

“Se já tinha um inquérito, já vai para o Tribunal de Justiça ou então vai para o Naco [Núcleo de Ações de Competência Originária] investigar”.

Relatórios policiais que basearam as denúncias da Operação Sodoma citam os deputados e pessoas ligadas a eles como recebedores de cheques da SF Assessoria e Organização de Eventos, de propriedade de Filinto Muller. O empresário já disse em sua delação premiada que a SF era uma empresa de fachada, criada com o objetivo de lavar valores ilícitos.

Em seu depoimento, Marcel de Cursi se defendeu afirmando que os valores supostamente desviados “não batem” com aqueles que foram identificados na quebra do sigilo.

“Quando ele [Marcel] diz que SF não operou os R$ 15 milhões… O Filinto diz que quando descobriram que era uma empresa de fachada ele parou de operar e encerrou a conta. Mas ele recebeu ainda parcelas por cheques diretos do Levi Machado. Então, os R$ 15 milhões não foram todos operados pela SF, está escrito isto nos autos. Ela operou só uma parte”, explicou a promotora.

A quarta fase da Operação Sodoma investiga o desvio de R$ 15,8 milhões na indenização do terreno do bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. O Estado de Mato Grosso pagou R$ 31,7 milhões ao dono da área, o empresário Antônio Rodrigues de Carvalho, que por sua vez teve de repassar metade do valor ao grupo liderado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) – por meio da SF Assessoria.

Parte dos valores, R$ 10 milhões, foram utilizados para o pagamento de uma dívida do ex-governador com o empresário dono de factorings Valdir Piran O restante foi divido em 3% a Filinto Muller e os outros R$ 4,4 milhões a outros integrantes do grupo de Silval.

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