Prefeitos de vários municípios de Mato Grosso dizem que não irão conseguir aplicar sozinhos as regras sanitárias para evitar o contágio pelo novo coronavírus no retorno às aulas presenciais.
A reabertura das escolas é vista como viável a partir deste momento da pandemia, mas as secretarias municipais de Saúde e Educação dependem do estabelecimento de protocolos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e de ajuda financeira para a adequação.
“A vigilância mais acentuada é uma preocupação. Temos dificuldade de pessoal para fazer essa fiscalização nos municípios, que precisam de parcerias para isso”, disse o presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Eduardo da Silva.
Distanciamento e redução de alunos por sala
A maior atenção passa por conseguir manter o distanciamento entre os alunos, reduzir o número de estudantes por sala de aula e a disponibilização de álcool em gel, máscara e outros utensílios para mitigar as chances de contaminação.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, diz que a dependência é real para a maioria dos municípios. Aqueles que têm condições já teriam retomado as aulas.
“Muitos estão na dependência do Estado, aguardando orientação sobre os protocolos sanitários a serem adotados, além de adequação da infraestrutura para que possam receber a comunidade escolar e viabilizar o funcionamento das atividades pedagógicas”, afirmou.
Plano de retorno
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) ainda não definiu a data para a reabertura das escolas, em cumprimento à lei sancionada ontem (11) pelo governador Mauro Mendes, tornando o ensino uma atividade essencial em Mato Grosso.
O secretário-adjunto Amauri Fernandes disse que a definição acompanhará a situação epidemiológica. Nesse ínterim, está sendo elaborado um plano de retorno, com previsão de medidas de biossegurança e servidores necessários para o funcionamento das escolas.