O Partido Progressista começou a trabalhar o nome do Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller (PP), para disputar o governo estadual em 2018. A ideia é lançá-lo em uma dobradinha com o ministro da pasta, Blairo Maggi (PP), que pode ser candidato a senador ou a presidente da República.
“O PP tem a intenção de disputar cargo majoritário em 2018. Pretendemos lançar Neri a governador, enquanto Blairo deve disputar a reeleição ao Senado, ou mesmo a presidência da República”, disse o presidente do PP em Mato Grosso, o deputado federal Ezequiel Fonseca. Há uma movimentação da direção nacional do PP para lançar Maggi à presidência, que conta com do presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PP-PI).
A intenção de disputar o governo pode ter sido um dos motivos que influenciaram na decisão de ficar de fora do da gestão de Pedro Taques (PSDB). O governador ofereceu a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf) para o PP e, em ocasiões diferentes, tanto Geller quanto Ezequiel foram convidados a serem secretários. Porém, ambos recusaram e preferiram continuar com suas funções em Brasília (DF).
Além disso, os líderes argumentam que o partido não tem deputado estadual, e pouco poderia contribuir como base do governo. A sigla participou da chapa de Taques na eleição de 2014, com o vice-governador Carlos Fávaro. Em 2015, com o fim da fidelidade partidária para cargos majoritários, ele migrou para o PSD, levando consigo alguns filiados, e deixando o PP sem representação no governo.
Antes de emplacar Fávaro na chapa de Taques, o partido pretendia lançar o empresário do agronegócio Eraí Maggi (PP) ao governo. Eraí recuou, porém, o que abriu espaço para a composição com Taques. Ezequiel observou que, em política, os planos podem mudar conforme a conjuntura, mas que a sigla já está trabalhando o nome de Geller para a disputa.
“Já fizemos algumas pesquisas e estamos difundindo o nome do Neri pelo Estado. Ele já foi ministro, tem serviço prestado a Mato Grosso. Na eleição passada, nosso candidato a governador seria o Eraí Maggi (PP), mas acabamos contribuímos com a eleição do Taques indicando o Fávaro para vice-governador. Ele também era pouco conhecido, mas representava o agronegócio na chapa e seu nome ganhou projeção”, disse o dirigente.
Os planos do PP para 2018 incluem, ainda, lançar uma chapa pura para deputado estadual, com candidatos de diversas regiões do Estado. O objetivo é eleger dois ou três parlamentares. “Em Cuiabá, não tínhamos nenhum vereador e conseguimos eleger três. Acho que podemos repetir o feito em 2018 na Assembleia”, disse Ezequiel, reforçando que a sigla não tem deputados estaduais hoje.
