Eleições 2022

Poucas propostas, muitos ataques: veja como foi o primeiro debate entre candidatos ao Senado

Wellington Fagundes, que não esteve presente, acabou se transformando no principal alvo

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Poucas propostas, muitos ataques: veja como foi o primeiro debate entre candidatos ao Senado
(Foto; Luis Leite)

Seis candidatos ao Senado por Mato Grosso participaram nesta quinta-feira (15) do primeiro debate eleitoral amplo, realizado pela TV Vila Real. O candidato à reeleição, Wellington Fagundes (PL), foi o único ausente e se tornou alvo de vários ataques.

A mobilização entre concorrentes gerou até cooperação, uns fazendo perguntas, com Wellington em foco, para outros responderem. As críticas vieram da tentativa dele se promover como “o candidato do Bolsonaro”, com invertida ideológica, denúncias de suposta corrupção e a própria ausência no debate.

Com isso, as propostas de campanha ficaram minguados a pouco espaço e temas.

As propostas…

Os participantes questionaram um ao outro sobre a construção de pequenas usinas hidrelétricas (PCH) no rio Cuiabá, a falta de infraestrutura em rodovia federal (BR-163), taxação do agronegócio e o Fundo Eleitoral.

Feliciano Azuaga (Novo) criticou o uso pelos demais do financiamento público de campanha, em detrimento do escasso dinheiro para saúde.

Antônio Galvan e Neri Geller (PP), representantes do agro, foram questionados sobre os benefícios tributários para a exportação de commodities, previstos na Lei Kandir, e responderam que o setor ajuda a segurar a economia do país.

Galvan ainda levantou a necessidade de reforma política no governo federal e no Congresso. Sem citar assuntos sensíveis ao presidente Jair Bolsonaro, a quem apoia, como o orçamento secreto, ele ressaltou a denúncia de desvio de emendas parlamentares em que políticos teriam recebido 30% dos valores.

Jorge Yanai (DC) defendeu que o estado faça uma agenda de privatizações em áreas macros do serviço público para melhorar atendimento e infraestrutura.

“Tapetão”, “fujão” e “candidato do Bolsonaro”

A ausência de Wellington Fagundes foi explorada de diversas formas pelos participantes do debate.

Neri Geller, que tem tido um confronto mais intenso com Wellington, fez pergunta ao ausente sobre o suposto recebimento de dinheiro da Assembleia Legislativa por 14 empresas dele.

“Ele teria que estar aqui para responder a essas perguntas. O eleitor não pode quer eleger um candidato fujão”, disse.

Antônio Galvan voltou falar sobre a mudança na posição política de Wellington Fagundes, que apoiou as candidaturas do PT, com a eleição de Lula e Dilma Rousseff à Presidência.

(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

 

“Ele já foi de esquerda e agora se apresenta como candidato de Bolsonaro, com uma mudança para a direta de um ano pra cá. É um candidato tapetão”, afirmou.

O que disse a assessoria de Wellington Fagundes?

A assessoria de campanha do senador Wellington Fagundes divulgou uma nota pouco antes do início do debate dizendo que o candidato sofreu no episódio de diverticulite.

“Wellington Fagundes lamenta não participar do debate e não expor suas propostas de trabalho nesse espaço democrático. Assim que se recuperar irá retornar aos compromissos de campanha”, diz trecho.

A regra do programa abriu espaços para perguntas diretas entre os participantes em dois blocos. Todos deles fizeram pergunta direcionada para Wellington Fagundes.

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