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Polícia prende 14 suspeitos de participar de esquema milionário

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Polícia prende 14 suspeitos de participar de esquema milionário

Quartoze prisões, sequestro de R$ 7 milhões em bens e nove mandados de busca e apreensões cumpridos. Este é o primeiro saldo da Operação Confidere, deflagrada neste sexta, 31, pela Polícia Civil de Sorriso, distante 442 quilômetros de Cuiabá. Segundo a apruação, os suspeitos faziam parte de um esquema milionário de desvio de mercadorias.

Os suspeitos foram presos em Sorriso, Sinop, Tangará da Serra e Rondonópolis. O delegado de Sorriso, Bruno Sérgio Magalhães Abreu, confirmou que cinco dos preso são gerentes da empresa vítima e tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos. Os demais foram autuados em flagrante por receptação qualificada.

Os cinco gerentes são: Fernando Rodrigues da Silva, apontado como o líder da quadrilha e gerente de vendas da empresa; Marcos Silva (gerente); Ricardo Alves de Oliveira Ferreira (gerente de expedição), Fábio dos Santos Alexandre (representante comercial da empresa, em Tangará da Serra) e Márcio Boria (gerente de expedição em Rondonópolis), conforme infomou a assessoria de imprensa da Polícia Civil.

As buscas foram realizadas nas cidades de Sorriso, Sinop, Alta Floresta e Tangará da Serra, em empresas e residências dos suspeitos ligados ao esquema. Nos locais foram apreendidos folhas de cheques de bancos diversos e vários metais como tubos, bobinas entre outros.

 

A investigação iniciou em janeiro deste ano, depois de denúncia de uma empresa do ramo de fabricação e exportação de Açometal, sediada em Sinop (500 km ao Norte), por suspeita de que gerentes de alta confiança do estabelecimento estariam desviando materiais, por meio do cancelamento de notas fiscais.

 

A vítima é uma empresário renomado da cidade, que já ocupou cargo público no município, e que teve prejuízo que ultrapassa os R$ 15 milhões.  

 

Em 2015, essa mesma empresa entrou com pedido de recuperação judicial por dívidas de R$ 38 milhões. Mas esse não seria o motivo da denúncia e, sim, o fato de inúmeras reposições do estoque sem aparentes explicações e também o cancelamento de notas fiscais emitidas pela própria empresa vítima, como se o material comercializado não tivesse saído do depósito.

 

Na investigação, presidida pelo delegado Bruno Sérgio Magalhães Abreu, foi detectado 1.200 notas fiscais emitidas e canceladas pelas empresa credora no período de 2 anos, totalizando mais de R$ 13,5 milhões em mercadorias supostamente devolvidas ou desistência de  compras.

Os funcionários desde que passaram a operar o esquema acumularam patrimônios milionários, incompatíveis com os salários de R$ 4 mil, que cada um ganham. Eles responderão por crimes de organização criminosa, mediante a distribuição de tarefas, furto mediante fraude, abuso de confiança e concurso de pessoas.

 

“Estamos também investigando alguns crimes de lavagem de dinheiro praticados por um deles, tendo em vista que estão tentando ocultar bens em nome de terceiros. As empresas receptadoras vão responder por receptação qualificada e todas por crimes contra a ordem tributária, em razão dos produtos entrarem e sairem das empresas sem que o fisco fique sabendo. Será solicitada uma autoria em todas as empresas, por suspeita de irregularidades cometidas”, finalizou o delegado Sergio Abreu.  

 

Na investigação, a Polícia Civil representou pelo sequestro de mais de R$ 7 milhões em bens, referentes a carros de luxo, como BMW e fazendas, adquiridas ilicitamente pelos envolvidos.

 

Participaram da operação policiais da Regional de Sinop com apoio das Regionais com pessoas presas e da Polícia Rodoviária Federal.

 

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