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Polícia desarticula esquema que desviou R$ 23 milhões de cooperativa de cana

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Polícia desarticula esquema que desviou R$ 23 milhões de cooperativa de cana

Ascom/PJC

Polícia Civil

A Polícia Judiciária Civil desarticulou um esquema de fraude que desviou R$ 23 milhões de uma cooperativa de produtores de cana de açúcar, em Campo Novo do Parecis (384 km a Noroeste de Cuiabá). Acusado de chefiar a suposta associação criminosa, Nivaldo Francisco Rodrigues – ex-gerente financeiro da cooperativa – teve os bens bloqueados e o sigilo fiscal quebrado por decisão da juíza Claúdia Anffe Nunes da Cunha.

Foram bloqueados 15 imóveis em Campo Novo do Parecis, sete bens localizados em Juína, Cuiabá e no Paraná, além de recursos financeiros, automóveis e gado. A juíza determinou ainda uma série de medidas cautelares contra o ex-gerente, como o uso de tornozeleira eletrônica.

O inquérito sobre o caso apura crimes de furto qualificado pelo abuso de confiança e mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, Nivaldo Francisco teria formado uma quadrilha com empregados da cooperativa e pessoas de fora, que teria atuado de 2011 até junho de 2017.

Responsável pelas investigações, o delegado Adil Pinheiro chegou a solicitar a prisão preventiva do ex-gerente, mas o pedido não foi acatado pela juíza. As investigações seguem em sigilo decretado pela Justiça.

“A Polícia Judiciária Civil vai aprofundar as investigações, pois há fortes indícios da participação de outras pessoas, além das empresas de fachada usadas para desviar o dinheiro”, afirma o delegado Adil Pinheiro.

A cooperativa vítima tem 46 cooperados, divididos em 19 famílias, sendo quase a totalidade dessas famílias reside em Campo Novo do Parecis, sendo importantes geradores de renda e emprego na cidade.

No pedido de prisão, o delegado compara a atuação da organização criminosa supostamente chefiada pelo ex-gerente financeiro às investigadas na operação Lava Jato. “Nivaldo dilapidou o patrimônio da cooperativa da mesma forma que os políticos do Brasil dilapidaram os das nossas Estatais. A ganância de Nivaldo era tanta que os crimes deixaram rastros. Ele não titubeou em desviar milhões e adquirir, de forma desenfreada, um patrimônio enorme”, diz trecho do inquérito policial.

Investigação
As investigações continuam agora com base em documentos apreendidos durante a realização de buscas realizadas no último dia 12. “Encontramos provas da movimentação de milhões de reais em curto espaço de tempo. Aquisição de muitos imóveis, rurais e urbanos, além de automóveis, contratos de aluguel, anotações sobre a construção e imóveis com gastos na casa de centenas de milhares de reais”, disse o delegado.

Os dados, de acordo com delegado, podem conter informações ainda sobre outros possíveis crimes, como crimes tributário, já que parte dos bens adquiridos pelo ex-gerente não teriam sido declarados no imposto de renda ou teriam sido subavaliados.

(Com informações da assessoria)

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