Marcos Santos/USP Imagens
O plano é ambicioso e tenta colocar o Brasil em posição de liderança no segmento. Representantes do grupo de trabalho já foram convidados, por exemplo, para apresentar a experiência brasileira em países como Estados Unidos e China. “Se o governo se manter na liderança e tomar decisões rápidas e eficazes, o Brasil pode sair na frente”, diz o consultor da McKinsey, Paulo Fernandes. “Apostar em uma agenda focada no desenvolvimento de novas tecnologias pode ser a saída para a crise.”
Mas há um problema: faltam recursos para tirar as diretrizes do papel e transformá-las em realidade devido à crise fiscal. Thales Marçal, coordenador geral da Secretaria de Políticas de Informática (Sepin) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), sustenta que parte do plano não depende de investimentos. “As questões que dependem de orçamento talvez não sejam priorizadas no curto prazo”, afirmou Marçal ao Estado. “Mas esses investimentos não podem deixar de ser indicados no plano para os próximos anos, caso a economia melhore.”
Foco
O plano, que teve sua versão preliminar anunciada às pressas em fevereiro, está mais robusto perto do lançamento, graças a uma pesquisa encomendada pelo BNDES no valor de R$ 17,5 milhões. Nos últimos meses, o grupo que trabalha no plano, que inclui integrantes do BNDES, da McKinsey e do MCTIC, estudou as áreas mais promissoras. Ontem, durante apresentação no Painel Telebrasil, promovido pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), em Brasília, o grupo detalhou as áreas mais promissoras: cidades inteligentes, saúde, agronegócio e indústria.
Agora, com as recomendações em mãos, o governo deve definir quais são as prioridades em cada área. Ainda não há, porém, definição do montante mínimo necessário para transformar o plano em realidade e quais as fontes de recursos viáveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)