O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) disse as ações contra ele derivadas do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) seguem uma “tendência de aversão” do procurador-geral José Antônio Borges e do procurador Domingos Sávio de Barros, iniciada nas eleições municipais de 2020.
Segundo ele, a aversão teria sido o motivo da abertura do processo criminal, desmembrado da investigação do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), coordenado pelo procurador Domingos Sávio, dos crimes de improbidade administrativa.
“Existe uma tendência minha contra o procurador-geral, procurador Domingos Sávio por uma ofensa a minha pessoa no dia da eleição no ano passado que eu levei até o CNMP (Conselho Nacional dos Ministérios Públicos), e ele [Domingos Sávio] foi que pegou isso [o processo] lá da esfera cível e engendrou, fez uma engenharia inimaginável na esfera criminal”, disse.
Emanuel Pinheiro fez referência ao pedido de procedimento administrativo que ele apresentou ao CNMP por causa de uma enquete que o procurador postou no dia da votação no segundo turno das eleições em Cuiabá.
Na coletiva dessa quarta-feira (1º), o tom usado pelo prefeito foi de “violência de “interpretação” feita pelo Ministério Público sobre os atos investigados na Operação Capistrum, de contratação irregular na Secretaria de Saúde e pagamento sem controle do prêmio-saúde.
Pinheiro também sugeriu que existe ações de bastidores contra ele que se voltariam para uma eventual disputa ao cargo de governador nas eleições de 2022. O objetivo seria anular sua candidatura.
“Essa conversa existe muito, seria até hipocrisia dizer que não existe, isso está no dia a dia, mas eu não tenho prova disso”, afirmou.