Política

Pela 3ª eleição consecutiva, mais de 100 mil não votarão em Cuiabá e Várzea Grande

Número de eleitores irregulares com a Justiça tem se mantido em torno de 20%, com maior avanço em VG

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Pela 3ª eleição consecutiva, mais de 100 mil não votarão em Cuiabá e Várzea Grande
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Mais de 100 mil eleitores não votarão em Cuiabá em Várzea Grande nas eleições de outubro. O número representa quase 20% do eleitorado nos dois maiores colégios eleitorais de Mato Grosso e persiste desde as 2018. 

Conforme os dados do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), essa será a terceira eleição seguida em que mais de 100 mil pessoas ficarão de fora da escolha de voto. Porém, o grupo era bem maior na última eleição presidencial. 

“Não de que se falar em perda de representatividade [da Baixada Cuiabana] porque esse número não é de agora. Em 2018, já ao fim do segundo turno havia cerca de 171 mil eleitores com título irregular em Cuiabá e Várzea Grande, ou seja, o número diminuiu”, comentou ao juiz Bruno D’Oliveira Marques. 

Se comparado isoladamente, o percentual é menor na Capital. Neste ano, 72.884 não poderão votar por impedimento judicial. O principal motivo é a falta de recadastramento biométrico na Justiça Eleitoral. Se confrontados com os eleitores aptos na eleição municipal de 2020, eles equivalem a 19,2% do total. 

Em Várzea Grande, a proporção ficará na casa de 21,7%. Na última eleição para prefeito e vereadores, 160.409 eleitores estavam aptos a votar. O peso, no entanto, tende a ser maior neste ano porque houve redução de cerca de 30 mil eleitores desde 2018. 

O prazo para regulamentação ou pedido de registro de título encerrou no dia 4. O balanço preliminar do TRE-MT indica que 298.230 eleitores estão inaptos a votar por cancelamento de título no estado.  

Mas, no fim de abril, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolveu suspender o cancelamento de 107 mil títulos em Mato Grosso para as cidades cujo processo de recadastramento biométrico foi interrompido pela pandemia desde 2020. Em Cuiabá, o processo terminou em 2018. 

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