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Pecuária leiteira: nascem primeiras bezerras “in vitro” de Mato Grosso

Governo tenta promover a melhoria genética do rebanho para alcançar mais produtividade

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Pecuária leiteira: nascem primeiras bezerras “in vitro” de Mato Grosso
Foto por: Lucas Diego/Seaf-MT

As primeiras bezerras do Programa Mato Grosso Produtivo Leite nasceram em Campinápolis (550 km de Cuiabá). Elas são fruto da fertilização in vitro e da transferência de embriões e fazem parte de uma estratégia usada pelo governo do Estado para melhoria genética das pequenas propriedades rurais.

Sinval José da Silva é proprietário da área, onde 14 vacas foram inseminadas e quatro delas concluíram a gestação.

“De primeira, ter esse resultado já nos ajuda muito, já que aqui, sem esse apoio do Estado, não teríamos condições de arcar com os custos de uma inseminação, que todos sabem são caras”, comenta Sinval Silva.

Além de Campinápolis, o programa Mato Grosso Produtivo Leite prevê a realização de prenhezes em propriedades familiares nas cidades de Terra Nova do Norte, Juína, Aripuanã e Itanhangá. No total serão realizadas 1.300 inseminações.

“O programa iniciado neste ano, mesmo com a pandemia, começou pequeno, mas ganhou corpo. Desenvolver o setor leiteiro é a nossa meta. Aumentar a média mato-grossense em pelo menos dez litros por vaca ordenhada. Este resultado representará mais renda, qualidade de vida, a permanência do produtor na atividade, ganhando dinheiro, cuidando de sua família e gerando renda para a sociedade”, explica o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Silvano Amaral.

Ele comenta ainda que as prenhezes que integram o programa são para gerar animais fêmeas da raça girolando ½ sangue, através de acordos de cooperação com cooperativas e prefeituras.

“Essas instituições fornecem, como contrapartida, o mesmo número de prenhezes que o Estado fornece para os produtores da agricultura familiar. Já fechamos acordos com quatro cooperativas e uma prefeitura. A Seaf irá fornecer 650 prenhezes e os parceiros complementam com outros 650”, afirma Silvano Amaral.

No pacote de ações do programa estão incluídas as vacinas reprodutivas, exame de brucelose, tuberculose e medicamentos do protocolo hormonal.

Melhoramento genético

Na área de melhoramento genético, além das transferências de embriões, a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) investiu também na distribuição de sêmen bovino de raças leiteiras de alto potencial genético.

Já foram distribuídas 7.335 doses de sêmen para 22 municípios e, ainda esse ano, serão distribuídas mais 7.665 doses entre sexado e convencional para mais 12 municípios, totalizando 15.000 doses.

As doses de sêmen são de cinco raças leiteiras: Holandesa, Jersey, Girolando ¾, Girolando 5/8 e Gir leiteiro.

“Nossa expectativa nos próximos anos é que Mato Grosso suba no ranking nacional da produção de leite, saindo do atual 11º lugar”, finaliza Silvano Amaral.

O programa

O programa pertencente ao Governo do Estado, por meio da Seaf-MT, e é realizado em 33 cidades mato-grossenses. Ele conta com outros eixos de atuação voltados para o incentivo da atividade leiteira.

Entre as ações está a doação de doses de sêmen bovino, de resfriadores de leite, disponibilização de calcário para a recuperação das pastagens e também a implantação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs), com papel de servir de vitrine para o aprimoramento das práticas de manejo e incentivo aos produtores.

(Com Assessoria)

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