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PC do B lança pré-candidatura de ex-reitora da UFMT ao Senado

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PC do B lança pré-candidatura de ex-reitora da UFMT ao Senado

Marcos Lopes/ALMT

Maria Lucia Cavalli Neder

A professora Maria Lúcia Cavalli Neder, ex-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é a pré-candidata do PC do B ao Senado nas eleições de 2018. O nome dela já vem sendo trabalhado dentro do partido e será reforçado na conferência estadual do próximo fim de semana (21 e 22).

“Nos debates públicos e nas discussões internas, temos tratado da possibilidade da candidatura da professora Maria Lúcia”, disse o presidente do PC do B em Mato Grosso, o também professor da UFMT Manoel Motta. Atualmente, o único representante do partido na esfera estadual é o próprio Motta, que é suplente do senador Wellington Fagundes (PR).

Os comunistas apostam na força política de Maria Lúcia construída na UFMT para dar o impulso inicial à campanha. Ela foi reitora por dois mandatos, entre 2008 e 2016, e elegeu sua sucessora no cargo, Myrian Serra. Maria Lúcia se filiou ao PC do B em 2013, e chegou a ser cotada para sair candidata a deputada federal nas eleições de 2014, porém, preferiu concluir o mandato na universidade.

Aliança de oposição

O próximo passo será apresentar o nome da ex-reitora como opção do PC do B para o Senado em uma eventual aliança de oposição. O partido tem participados das discussões do grupo que planeja enfrentar o governador Pedro Taques (PSDB) em 2018.

“Por enquanto são apenas discussões preliminares. Mas dificilmente vamos estar ao lado do Taques nas próximas eleições, por conta do discurso dele e do modelo de gestão”, declarou Motta. “Ele se elegeu com um discurso de princípios morais que foram ao chão por causa da ganância de alguns secretários”, analisou.

O presidente lembrou também da polêmica proposta de parceria público-privada (PPP) para gerir escolas, levantada pelo tucano no início do governo e depois abandonada. “Qual é o projeto de desenvolvimento do governo dele? Qual a proposta dele para a Unemat? Na educação básica, ele propôs uma terceirização que sequer explicou como seria feita”, disse.

“Nossa divergência com o governo não é ideológica ou moral. É política. É por causa do modelo de gestão”, concluiu.

Duas vagas ao Senado estarão abertas nas próximas eleições, hoje pertencentes a José Medeiros (Podemos) e Blairo Maggi (PP) – este último licenciado para comandar o Ministério da Agricultura, enquanto o suplente Cidinho dos Santos (PR) exerce o mandato.

Dentro do grupo que discute a aliança de oposição, há outros possíveis candidatos ao Senado, como o deputado federal Valtenir Pereira (PSB) e o deputado estadual Zeca Viana (PDT), que já externaram desejo de concorrer à vaga. Outro nome cotado no grupo é o do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), que já foi senador entre 1995 e 2003.

Outros cargos

Além da ex-reitora, o PC do B já trabalha também alguns pré-candidatos a deputado estadual. Entre eles, Silvio Negri, que é vereador em Rondonópolis e professor da UFMT, Edvaldo Pereira, que é advogado trabalhista em Barra do Garças, e Ronei de Lima, que é presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria de Mato Grosso (Fetiemt).

Na conferência do fim de semana, os comunistas vão eleger a nova direção estadual. A tendência é que Motta seja reconduzido à presidência. Além disso, serão escolhidos os delegados do 14º Congresso Nacional, que definirá as diretrizes para o PC do B nas eleições de 2018 e 2020. Motta defende a tese da frente ampla, para formar uma aliança que vá além da esquerda.

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