Os mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em cumprimento pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (28), na segunda fase da Operação Curare, visam coletar informações para rastrear a movimentação de R$ 100 milhões, que teriam sido desviados da Secretaria Municipal de Saúde por meio de fraudes.
A quantia teria sido recebida por cinco empresas, entre 2019 e 2021, que participariam de uma suposta organização criminosa, com central dentro da secretaria.
O esquema teria se intensificado desde o ano passado com a autorização de contratação emergencial de serviços (sem exigência de licitação) para atender demandas de pacientes da covid-19.
Esquemas de desvio
Conforme a PF, os alvos da investigação movimentavam o dinheiro por meio de empresas intermediárias em pequenas quantias, que giravam em cheques, contas bancárias e saques eletrônicos.
Essas movimentações ocorreriam para despistar o destinatário final do dinheiro. O que a Polícia Federal identificou foi que empresas e pessoas que recebiam o dinheiro tinham vínculo com as cinco empresas que assinaram contrato com a prefeitura.
Os grupos seriam responsáveis pela fracionar os contratos, outra forma usada de desviar recursos. A terceirização supostamente beneficiava servidores vinculados ao setor de contratação na Secretaria de Saúde e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública.
Esses servidores teriam contas pessoais pagas pelas empresas e contratadas e participariam de associações ocultas na compra de estabelecimento comercial.