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A Câmara de Nova Bandeirantes deve realizar uma sessão extraordinária nesta terça-feira (3/10) para aprovar um projeto que decreta situação de calamidade pública no município. O motivo é o incêndio que destruiu cerca de 80% do prédio da prefeitura, na madrugada desta segunda-feira.
De acordo com o presidente da Câmara, o vereador Adelino Schomeller (PSB), peritos trabalham no local para tentar identificar a causa do fogo. Relatos de testemunhas dão conta de que dois homens renderam o vigia do prédio e iniciaram o incêndio de forma criminosa.
“As investigações estão todas sob sigilo. Não temos como saber muita coisa. Só que o prédio está rodeado de policiais e peritos. O que podemos falar de mais concreto é que só não mataram o vigia porque devem ter ficado com pena. Renderam ele, bateram na cabeça, deixaram deitado no chão”, conta o parlamentar.
Ainda segundo o presidente da Câmara, alguns setores da prefeitura já foram transferidos para salas no prédio que abriga a Secretaria de Assistência Social do município. A maior dificuldade, no entanto, é que praticamente todos os projetos e documentos da cidade foram destruídos.
Além do gabinete do prefeito e de setores administrativos, funcionava no local a sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o setor de engenharia do município. Outras secretarias não foram atingidas por funcionarem em prédios separados.
Nova Bandeirantes foi, recentemente, alvo da operação Loki, deflagrada pela Delegacia Fazendária, que apura indícios de crimes contra a administração pública, peculato, associação criminosa e crime de responsabilidade atribuídos ao prefeito Valdir Rio Branco (PSB).
As suspeitas são de desvio de recursos públicos por meio de serviços contratados, mas não prestados ao município.
A reportagem do LIVRE tentou, mas não conseguiu contato com o prefeito.
